PCP condena políticas desumanas da UE
Os votos contra de PSD e CDS-PP, conjugados com a abstenção do PS, levaram dia 15 à rejeição de um voto do PCP de condenação das políticas da União Europeia que desrespeitam os direitos dos imigrantes e dos refugiados.
O texto apontava a recente recusa do governo italiano em acolher centenas de pessoas, incluindo crianças, como expressão de uma «política profundamente desumana, selectiva e exploradora - sintetizada no conceito de "UE fortaleza" - que tem contribuído para o crescimento da xenofobia e das forças de extrema-direita».
Condenando a utilização pela UE do «drama humano de milhares de migrantes e refugiados para promover a sua militarização e a criação de uma denominada «Guarda de Fronteira e Costeira» que usurparia competências soberanas dos Estados», o voto do PCP apelava «ao fim da ingerência e agressão nas relações internacionais, ao respeito da soberania e independência dos Estados e dos direitos dos povos, incluindo ao desenvolvimento económico e social», bem como a «relações internacionais não assentes na imposição do domínio política e na dependência económica, mas assentes na paz, no progresso social, na cooperação».