O Partido nas empresas

Valorizar a luta para que ela se replique

No complexo industrial de Sines funcionam diversas grandes empresas, particularmente do ramo da energia. Pela sua dimensão e importância e pelo número de trabalhadores aí concentrados, é um local prioritário para a acção partidária. A produção e distribuição de boletins e comunicados sobre os problemas, aspirações e lutas dos trabalhadores, longe de ser a única vertente da intervenção do PCP, é uma das mais constantes.

No último número de O Complexo, boletim da organização do PCP, realça-se o vasto conjunto de lutas travadas pelos trabalhadores das várias empresas, algumas das quais resultaram em significativas vitórias. Foi o caso dos trabalhadores da manutenção da Petrogal, que se uniram para combater a tentativa de despedimento colectivo. O conflito terminou não apenas com a defesa dos postos de trabalho ameaçados como com o aumento salarial médio de 300 euros.

Também os trabalhadores da Administração do Porto de Sines (APS) recorreram à luta para forçar o Governo a consagrar na prática os direitos inscritos no acordo colectivo, negociado pouco antes. A greve de quatro dias iniciada a 26 de Março (abrangendo todos os portos do País) paralisou, entre outros, o Porto de Sines: ao segundo dia de greve, o Governo atendeu às reivindicações. Na própria Petrogal, foi a luta dos trabalhadores que forçou a administração a retomar as negociações do acordo colectivo, travando assim a tentativa daquela de forçar a caducidade.

Num outro boletim, da Célula do PCP na Refinaria de Sines da Petrogal, para lá da valorização das lutas travadas pelos trabalhadores, denuncia-se a dimensão da exploração na petrolífera portuguesa: em 2017, a Galp registou lucros de 602 milhões de euros, mais 25 por cento do que no ano anterior, ao mesmo tempo que se registou a redução dos custos com pessoal, de 319 para 317 milhões. Estes resultados demonstram que a empresa poderia facilmente ter garantido um aumento salarial até maior do que os sindicatos reivindicavam, sublinha o Partido.

Hotelaria e Restauração

Em Lisboa, o Sector da Hotelaria e Restauração editou o primeiro número do seu boletim, Lodo, onde se apela à resistência e luta dos trabalhadores para fazer face à desregulação de horários, baixos salários e precariedade que constituem o dia-a-dia das empresas. Nas suas páginas valoriza-se as lutas travadas nas cantinas (sobretudo nas da TAP, onde os trabalhadores conquistaram importantes vitórias), e nos hotéis.

Os comunistas destacam, pelo exemplo de luta, o caso das trabalhadoras dos andares do Hotel Marriot (de quatro estrelas), subcontratadas à empresa Talenter, a quem o patrão pretendia obrigar a aceitar condições de trabalho ainda piores. A firmeza das trabalhadoras e a solidariedade do PCP obrigaram o Marriot a recuar nas suas pretensões. É este exemplo de luta que o PCP quer alastrar para outras unidades, como o Sheraton, onde se está a despedir trabalhadores para os contratar novamente em condições salariais muito inferiores.

Nesta edição destaca-se ainda a greve nos serviços de alimentação dos comboios de longo curso, com adesão a rondar os 80 por cento. Os trabalhadores reclamam aumentos salariais e a defesa dos direitos consagrados.

 



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