Greves prosseguem na SNCF e Air France
Ferroviários e trabalhadores da Air France resistem às pressões e vão prosseguir as greves em defesa do serviços público, das condições de trabalho e por melhores salários.
Depois do fracasso das negociações na companhia aérea francesa, a frente sindical convocou novas paralisações para hoje e amanhã (dias 3 e 4) e para a próxima semana (dias 7 e 8).
Na véspera os sindicatos dos pilotos já tinham avançado com uma convocatória análoga.
Esta foi a resposta sindical à consulta lançada pela administração aos trabalhadores da empresa sobre um projecto de acordo salarial plurianual.
Tanto os sindicatos dos pilotos (SNPL, Spaf, Alter), como dos tripulantes (SNPNC, Unsa-PNC, CFTC, SNGAF) ou do pessoal de terra (CGT, FO et SUD) são unânimes em considerar que a proposta apresentada não corresponde às reivindicações que estão na origem do conflito, as quais radicam nos sete anos de congelamento da tabela salarial.
A administração oferece um aumento geral de dois por cento este ano e mais cinco por cento durante o período entre 2019 e 2021. Os sindicatos insistem num aumento de 5,1 por cento já este ano.
Na SNCF, os trabalhadores mostram-se igualmente determinados em prosseguir a luta contra a transformação da empresa em sociedade anónima, mantendo as greves previstas até 28 de Junho, ou seja, dois dias de paralisação por cada cinco.
Hoje, quinta-feira, 3, a frente sindical convocou concentrações na capital, Paris, e noutras grandes cidades.
Os quatro sindicatos representativos da Sociedade Nacional de Caminhos-de-Ferro (CGT, Unsa, SUD, CFDT) anunciaram ainda uma acção nacional para dia 14, designada «Dia sem ferroviários», caso as suas reivindicações não sejam acolhidas pelo primeiro-ministro, Edouard Philippe, com quem têm marcado um encontro para a próxima segunda-feira, 7.