Jornada nacional contra regressão social em França

RESISTÊNCIA Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se, dia 19, por toda a França em protesto contra as medidas anti-sociais do governo de Emmanuel Macron.

Trabalhadores franceses lutam contra políticas de Macron

Em greves, desfiles e concentrações participaram mais de 300 mil pessoas em 190 localidades francesas. Organizados na maioria dos casos unicamente por sindicatos da CGT, nos protestos convergiram trabalhadores dos sectores público e privado, designadamente do sector do gás e electricidade, estudantes do Superior e do Secundário, utentes dos serviços públicos, reformados e pensionistas.

Como salienta um comunicado da CGT, «juntámo-nos em torno da recusa da sociedade que Macron e o seu governo nos propõem», mas também «por reivindicações próprias» de cada sector, seja a «garantia de emprego, os salários, a defesa do serviço público, o acesso à universidade».

Referindo-se aos incidentes ocorridos na manifestação de Paris, a CGT denuncia «as provocações da polícia», sublinhando que «os trabalhadores mantiveram-se calmos e dignos, recusando-se a responder à violência. Violência que decididamente se torna a única resposta governamental às justas exigências dos trabalhadores e das populações».

A CGT realça a luta determinada dos ferroviários que no dia 19 cumpriram a sua oitava greve, bem como dos trabalhadores do sector da energia que, na véspera, anunciaram greves para os próximos dois meses, prevendo acções de corte de energia às empresas que se opõem e «criminalizam a acção sindical».

Também os funcionários públicos já têm marcada para 22 de Maio uma mobilização nacional, enquanto os reformados, os camionistas, desempregados e precários, trabalhadores da recolha de resíduos, entre outros, se organizam sob diferentes formas para afirmar as suas reivindicações.




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