Reformados voltaram à rua em Espanha

Milhares de reformados e pensionistas voltaram a manifestar-se, dia 15, em mais de cem cidades de Espanha por pensões dignas e valorizadas de acordo com a inflação, repudiando a actualização de 0,25 por cento imposta pelo governo conservador.

Desde finais de Fevereiro que por toda a Espanha centenas de milhares de reformados se têm vindo a manifestar pela manutenção do poder aquisitivo das prestações que garantem a sobrevivência de 8,7 milhões de pessoas.

Para a jornada do último fim-de-semana, os sindicatos lançaram um manifesto em defesa do sistema público de pensões, no qual recusam a actualização de 0,25 por cento e exigem o adiamento da aplicação do factor de sustentabilidade, prevista para o próximo ano, que influenciará o valor das pensões de reforma consoante a evolução da esperança de vida.

O manifesto denuncia ainda a campanha lançada por certos grupos económicos com o intuito de desprestigiar o sistema público de pensões e convencer os trabalhadores a aderir a planos de pensões privados.

Na origem dos insistentes protestos está a reforma das pensões de 2013, levada a cabo pelo PP, que aboliu a indexação da actualização das pensões ao Índice de Preços no Consumidor. Segundo dados do Ministério das Finanças, cerca de três milhões de reformados, mais de um terço do total, auferem prestações abaixo do limiar de pobreza.




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