A Guerra

Ângelo Alves

Sucedem-se as informações de que os EUA, Israel, França e Grã-Bretanha se preparam para levar a cabo mais um monstruoso crime no Médio Oriente que pode ter consequências dramáticas para todo o Mundo. Após os ataques israelitas a uma base aérea síria, os EUA deslocaram para a zona onde a Rússia mantém as suas forças militares uma poderosa frota de ataque naval equipada com porta-aviões, destroyers e mísseis Tomahawk. A França informa que se está a coordenar com os EUA e a Grã-Bretanha para um possível ataque militar na Síria.

A preparação do possível crime foi desenvolvida com uma sucessão de manobras de propaganda em torno de supostos «ataques químicos» para sustentar o novo patamar de guerra aberta contra Síria e de enfrentamento directo com a Rússia. Mais uma vez a comunicação social dominante papagueou a propaganda de guerra. Mais uma vez os «capacetes brancos», criados na Turquia por um agente dos serviços secretos britânicos com ligações às empresas privadas da guerra, são usados para manipulação sobre um «ataque químico» que até o insuspeito «observatório sírio dos direitos humanos» afirma não se poder provar que sequer tenha existido. Entretanto o caso Skripal sai de cena perante as evidências de que se terá tratado de um ataque envolvendo serviços secretos europeus e norte-americanos e continua a ocultar-se que os exércitos sírio e russo impediram, a 19 de Março, um ataque químico de falsa bandeira, instigado pelo Reino Unido, em Ghouta Oriental, depois de terem capturado dois laboratórios químicos, a 12 e 13 de Março.

O imperialismo parece estar decidido a fazer estoirar o caldeirão do Médio Oriente. Desejamos que o pior cenário não se confirme. Mas quer num caso, quer noutro, a hora é de luta pela Paz e contra os crimes imperialistas.




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