Pôr fim à ingerência externa para conquistar a paz na Síria
ESCLARECIMENTO A Casa do Alentejo, em Lisboa, acolheu no dia 14 uma sessão do CPPC sobre a situação na Síria, na qual foi desmascarada a violenta campanha mediática promovida em torno da guerra.
A guerra na Síria foi provocada a partir do exterior
LUSA
Na sessão, intitulada «Pela salvaguarda dos direitos do povo sírio, da paz e da soberania. Fim à agressão à Síria!», foram oradores os jornalistas José Goulão e Ribeiro Cardoso e o vice-presidente da direcção nacional do CPPC, Filipe Ferreira. Perante uma sala cheia – e participativa – foi denunciada a agressão contra a Síria e o seu povo, que dura há já sete anos, promovida e perpetrada a partir do exterior.
Nas intervenções denunciou-se a forma como a generalidade dos órgãos de comunicação social em Portugal repetem de forma acrítica a propaganda veiculada pelas grandes potências ocidentais, através das centrais mundiais de informação. Intensificada nos últimos meses a propósito da situação em Ghouta, essa propaganda procura fazer passar as vítimas por algozes e os agressores por agredidos: o uso do termo «rebeldes» para designar os grupos terroristas (ligados à Al-Qaeda e ao chamado «Estado Islâmico») que combatem na Síria é disto exemplo maior, mas está longe de ser o único.
No debate foram adiantadas evidências que responsabilizam os Estados Unidos e os seus aliados, tanto os europeus como os regionais, pelo desencadear da guerra na Síria. Foram estes que criaram, apoiaram, financiaram e armaram os diversos grupos armados que, no terreno, procuram derrubar o legítimo governo da Síria – objectivo partilhado, aliás, com os seus criadores. Da mesma maneira, como foi realçado, são os EUA e os seus aliados que envolvem directamente as suas forças armadas na Síria, à revelia do direito internacional e em clara violação da soberania desse país.
O dirigente do CPPC reclamou o fim da agressão externa à Síria e a retirada das forças militares estrangeiras que ocupam ilegalmente o país. Em sua opinião, o fim da ingerência e o respeito pela soberania da Síria são objectivos centrais para alcançar a paz.