CPPC exige o fim da agressão à Síria
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) constata «a intensificação da propaganda de guerra com que se tenta legitimar a continuação e, mesmo, o agravamento da agressão contra a República Árabe da Síria e o povo sírio», procurando abrir caminho à aceitação de que esta agressão se passe a realizar, agora, de uma forma aberta.
Após sete anos de ininterrupta e brutal agressão por parte de grupos terroristas – criados, armados, financiados e apoiados pelos EUA e outros países da Europa e do Médio Oriente –, assiste-se à tentativa daqueles que, «face à derrota dos seus grupos terroristas, procuram pretextos, a coberto de mentiras, para impor uma escalada na guerra e, consequentemente, mais morte e sofrimento ao povo sírio, a exemplo do que aconteceu noutros momentos e noutros países, como o Iraque e a Líbia».
O CPPC denuncia «o conjunto de falsidades fomentadas por responsáveis da administração norte-americana e de outros governos, amplamente propaladas em órgãos de comunicação social, sobre a situação na Síria, tentando fazer passar as vítimas por “algozes” e os algozes por “vítimas”, os agredidos por “agressores” e os agressores por “agredidos”».
O CPPC recorda que os EUA e os seus aliados são responsáveis pelo desencadear da guerra na Síria, na sequência das agressões ao Iraque e à Líbia. Foram os EUA e seus aliados que criaram e apoiaram as diversas ramificações da Al-Qaeda e o auto-denominado «Estado Islâmico», na tentativa de derrubar o governo sírio. São os EUA e seus aliados que, não aceitando a derrota dos seus grupos terroristas, envolvem directamente as suas forças armadas na Síria, violando a soberania, a independência e a integridade territorial deste país.
O CPPC recorda que, tal como aconteceu em agressões anteriores contra países soberanos, «a promoção externa da desestabilização, do conflito, do bloqueio económico e isolamento político foi sempre acompanhada por uma intensa operação de desinformação e a tentativa de instrumentalização das Nações Unidas e suas agências, de modo a justificar inaceitáveis propósitos belicistas, com o seu imenso lastro de morte, sofrimento e destruição».
A salvaguarda dos direitos do povo sírio e a paz na Síria passam pelo fim do apoio aos grupos terroristas, incluindo o fim das campanhas que os encorajam a prosseguir a sua acção criminosa contra o povo sírio. E passam pela retirada das forças estrangeiras que ilegalmente intervêm e ocupam território deste país, pelo respeito da soberania do povo sírio, pelo seu direito a definir, sem intromissões externas, o seu próprio futuro.