PCP comemora 97 anos apontando ao seu reforço
PARTIDO O comício do próximo sábado, 3, em Lisboa, e o almoço do dia seguinte, no Seixal, ambos com a participação de Jerónimo de Sousa, abrem o programa central de comemorações do 97.º aniversário do PCP.
O Partido tem perante si múltiplas e exigentes tarefas
O comício está marcado para as 15h30 na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa e o almoço de domingo, 4 de Março, realiza-se no Pavilhão do Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional, na Aldeia de Paio Pires, às 13h00. A 17 de Março, no Parque de Feiras e Exposições de Beja, tem lugar às 13h00 o almoço regional do Alentejo, também com a presença do Secretário-geral. Entretanto, por todo o País, estão já a decorrer iniciativas comemorativas do aniversário do PCP.
Estas comemorações ocorrem num momento em que a organização partidária é chamada a discutir e implementar as medidas inscritas na resolução do Comité Central sobre o reforço do Partido, que aponta orientações a vários níveis: trabalho de direcção, responsabilização de quadros e formação política e ideológica; elevação da militância; recrutamento e integração de novos militantes; organização e intervenção nas empresas e locais de trabalho; organizações locais; trabalho com camadas e sectores específicos; propaganda e imprensa; meios próprios e independência financeira; e realização de assembleias das organizações.
Nessa resolução aponta-se a necessidade de as medidas propostas terem que ser concretizadas «de forma global e integrada, tendo em conta a realidade da organização, as exigências da situação e dos seus desenvolvimentos». Sendo uma preocupação constante da actividade partidária, o reforço da organização e intervenção do Partido assume este ano um carácter prioritário.
Intervir, mobilizar e lutar
O reforço do Partido é uma questão estratégica na acção partidária, mas tem uma importância acrescida num momento como o actual, em que se regista a intensificação dos sistemáticos ataques, calúnias, discriminação e silenciamento por parte da generalidade dos órgãos de comunicação social em relação ao PCP, à sua organização, às suas propostas, ao seu Programa. Contando fundamentalmente com a sua força e capacidade de intervenção, o Partido precisa, portanto, de «ser mais forte e mais influente para as batalhas políticas actuais e para o futuro», como se afirma na resolução já referida.
É ainda nesse mesmo documento, aprovado na reunião de 20 e 21 de Janeiro, que se aponta para a concretização das medidas visando o reforço do Partido em «articulação com uma forte ligação às massas e uma intensa actividade política». Em curso está desde anteontem a campanha «Valorizar os Trabalhadores – Mais força ao PCP», que assenta no contacto directo com os trabalhadores, nas empresas e locais de trabalho.
Ao mesmo tempo, está colocado ao colectivo partidário comunista o contributo decisivo para a intensificação e alargamento da luta dos trabalhadores e das populações, que tem nas manifestações de 10 e 28 de Março, comemorativas do Dia Internacional da Mulher e do Dia Nacional de Juventude, no 25 de Abril e no 1.º de Maio, momentos altos. Ligado a isto está o necessário empenhamento dos comunistas no reforço das organizações e movimentos de massas.
Estas e outras questões surgem plasmadas no outro documento aprovado na reunião de Janeiro do Comité Central, o comunicado, contendo a apreciação acerca da situação nacional e internacional e a definição das tarefas partidárias.