CP vai parar no dia 19

Para exigir «a ne­go­ci­ação efec­tiva de um Re­gu­la­mento de Car­reiras (RC) que dig­ni­fique e va­lo­rize os tra­ba­lha­dores» e re­duza «de forma efec­tiva as de­si­gual­dades sa­la­riais exis­tentes, em vez de as au­mentar enor­me­mente», foi mar­cada a 31 de Ja­neiro uma greve de 24 horas, na CP Com­boios de Por­tugal, para dia 19 de Fe­ve­reiro.

Esta foi a res­posta do SNTSF e de três ou­tros sin­di­catos que re­cu­saram dar o seu acordo a uma pro­posta da ad­mi­nis­tração, em­bora esta ti­vesse a anuência de ou­tras es­tru­turas.

Sobre o con­teúdo que a em­presa quer in­cluir no RC, os quatro sin­di­catos des­tacam:
 os sa­lá­rios mais baixos têm uma ac­tu­a­li­zação de cerca de um por cento (com o ín­dice 100 abaixo do sa­lário mí­nimo na­ci­onal), mas a ac­tu­a­li­zação será de quatro por cento no ín­dice sa­la­rial mais ele­vado;
 – esta di­fe­rença de per­cen­ta­gens é acom­pa­nhada de au­mento de fun­ções para al­gumas ca­te­go­rias pro­fis­si­o­nais (como as­sis­tentes co­mer­ciais, ope­ra­dores de ma­nobra e ope­ra­dores-chefes de ma­nobra);
 – não se pro­cura re­solver pro­blemas ex­postos há muito pelos tra­ba­lha­dores no RC de 1999.

Os quatro sin­di­catos apre­sen­taram uma contra-pro­posta comum, para ne­go­ci­ação, mas acu­saram a ad­mi­nis­tração da CP de ter avan­çado com me­didas que constam no acordo re­jei­tado.

No co­mu­ni­cado em que con­fir­maram a greve, os sin­di­catos cri­ticam ainda, no que res­peita ao alu­guer e compra de ma­te­rial cir­cu­lante, que apenas haja «anún­cios em cima de anún­cios sem re­sul­tados, con­ti­nu­ando a de­gra­dação e des­truição do trans­porte fer­ro­viário, em es­pe­cial nas li­nhas do Oeste, Al­garve, Alen­tejo e Vouga, onde todos os dias a mai­oria do ser­viço fer­ro­viário é su­pri­mido por falta de ma­te­rial cir­cu­lante».

 



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