Greves por salários e condições laborais das prisões aos hospitais em França
LUTA Guardas prisionais e governo francês negoceiam para pôr fim à paralisação que afectou a maioria dos cárceres do país. Em luta por salários e direitos também estiveram, anteontem, os enfermeiros.
Emmanuel Macron ainda não deu garantias suficientes
A greve realizada entre segunda e sexta-feira da semana passada afectou mais de dois terços dos 188 estabelecimentos prisionais gauleses e teve como principais reivindicações a melhoria das condições de trabalho e aumentos salariais. Três sindicatos convocaram o protesto, mas a organização com maior número de filiados no sector, a Ufap-Unas, aceitou pôr fim à paralisação perante a proposta de acordo avançada pelo governo francês, a qual inclui um pacote financeiro para fazer face às reivindicações pecuniárias dos guardas prisionais, bem como planos para a aquisição de equipamentos, construção de novos cárceres e contratação de pessoal.
A Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), por seu lado, mantém a luta, considerando que o executivo liderado por Emmanuel Macron ainda não deu garantias suficientes de satisfação das reclamações dos guardas prisionais.
A França tem uma das população prisionais mais numerosas da Europa e os ataques a guardas têm-se multiplicado nos últimos anos.
Entretanto, para esta terça-feira, 30, várias confederações sindicais, entre elas a CGT, convocaram uma jornada nacional dos enfermeiros de cuidados continuados e paliativos. Previa-se que para além da greve, os profissionais se juntassem em duas grandes manifestações em Paris e em Marselha, em defesa de melhorias salariais e condições nas instituições, as quais, acusam, não são dignas nem para trabalhadores nem para os idosos dependentes que nelas se encontram.