A contestação saiu à rua em todo o território convocada pela Aliança da Oposição à Ditadura, que contesta a reeleição do actual chefe de Estado, Juan Orlando Hernández, não apenas porque constitucionalmente estaria impedido de se recandidatar ao cargo, mas sobretudo devido às provas de fraude no sufrágio realizado no final de Novembro do ano passado a favor do presidente.

A tomada de posse de Juan Hernández está agendada para o próximo sábado, 27, mas a plataforma que junta os diversos sectores progressistas hondurenhos pretendeu, com a mobilização ocorrida no fim-de-semana, iniciar uma nova vaga de acções de denúncia e protesto.

O governo mobilizou milhares de polícias e militares para impedir as iniciativas populares, mas o povo hondurenho não se atemorizou e desafiou as autoridades. Pelo menos um homem de 60 anos morreu nos confrontos com as forças repressivas, engrossando o número de vítimas resultantes da tentativa de abafamento das reivindicações democráticas.

O líder da Aliança da Oposição e ex-presidente das Honduras, Manuel Zelaya, destituído em Junho de 2009 por um golpe de Estado, também não escapou à repressão policial, que usou gás lacrimogéneo para dispersar a multidão que se juntou na capital Tegucigalpa.