A CGTP-IN realizou no dia 14, em Portalegre, um encontro nacional sobre o tema «Combater as assimetrias regionais – pelo progresso social e a coesão territorial», com a participação de mais de 100 dirigentes e delegados sindicais de todo o País. No encerramento interveio o Secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.

No documento-base para a discussão, publicado pela central, refere-se que «nunca as desigualdades entre a estreita franja do litoral e todo o resto do território continental foram tão acentuadas», sendo este «o resultado de décadas de política de direita beneficiária dos interesses do grande capital e das opções erradas de sucessivos governos».

A coordenadora da União dos Sindicatos do Norte Alentejano, por seu turno, observou que são referidos 163 municípios de baixa densidade, representando mais de metade do País, e por se referir «municípios» e não «concelhos», alertou para «uma tentativa de localizar o problema» e «municipalizar o despovoamento», como «fuga deliberada à análise do problema ao nível nacional». O coordenador regional do sindicato da Função Pública alertou para o facto de as câmaras, sendo na maioria dirigidas pelo PS, poderem facilitar a municipalização, um processo que teve no distrito de Portalegre um projecto-piloto, tal como em 2015 foi dado o primeiro passo para a municipalização da Saúde em Fronteira.