Jerónimo de Sousa aponta ao reforço do Partido e da luta

O Secretário-geral do PCP participou, no fim-de-semana, em duas iniciativas: uma ceia de Natal em Braga e um almoço na Ota, concelho de Alenquer. Para além de promoverem o salutar convívio entre militantes e simpatizantes do PCP, ambas as acções permitiram a Jerónimo de Sousa colocar na agenda política um importante conjunto de temáticas.

No sábado, em Braga, numa iniciativa já tradicional, que reuniu 400 pessoas, o dirigente comunista reafirmou que o «primeiro e principal compromisso do PCP» – seja com este ou com qualquer outro governo – é com os trabalhadores, o povo e o País. Após realçar a importância decisiva do PCP na recuperação de direitos e rendimentos, Jerónimo de Sousa garantiu que «não será o medo de que PSD e CDS voltem ao governo que fará o PCP recuar naquilo que defende». É que para os comunistas «a questão não está em voltar para trás, está em romper com a submissão e as imposições da União Europeia, do capital monopolista».

Jerónimo de Sousa referiu-se ainda à quase total ausência dos órgãos de comunicação social na iniciativa, acusando-os de pretenderem esconder a força do PCP. Dirigindo-se aos presentes, que enchiam todas as mesas da cantina da Agere, afirmou: «É evidente que esta imagem não aparecerá, mas enquanto houver gente como vós, bem podem esconder, mas o PCP não desaparecerá.»

No dia seguinte, na Ota, Jerónimo de Sousa participou num animado almoço que juntou mais de uma centena de militantes e simpatizantes do Partido dos concelhos de Alenquer, Azambuja e Arruda dos Vinhos, que constituem a organização dos Concelhos do Norte do

distrito de Lisboa. Nessa iniciativa, comentando as mais recentes decisões da agência de notação financeira Fitch, que melhorou a apreciação à dívida pública portuguesa, retirando-a do nível «lixo», o dirigente comunista realçou que se a economia do País está a crescer, tal deve-se ao povo, que optou por uma política diferente da que era implementada por PSD e CDS.

Aliás, garantiu Jerónimo de Sousa, «se a situação económica e social do País melhorou, se há crescimento económico, mais emprego, melhores condições de vida, é porque se contrariou as políticas defendidas por essa e outras agências de rating» e porque se adoptou uma política de defesa, reposição e conquista de direitos e não, como antes, a insistência em cortes e no empobrecimento. Para o Secretário-geral do PCP, o PS «não teria ido tão longe» se não fosse a correlação de forças na Assembleia da República, com um PCP mais forte. Na actual situação política, garantiu, a luta dos trabalhadores e do povo continua a ser um factor determinante.



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