Repúdio da decisão de Trump sobre Jerusalém
Um voto do PCP de condenação do reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel foi inviabilizado dia 7, na AR, com os votos contra de PSD e CDS-PP e a abstenção do PS e PAN. No texto, que contou também com os votos favoráveis de PEV e BE, além desta condenação era expressa a solidariedade do Parlamento com o povo palestiniano e o direito deste ao «reconhecimento do seu próprio Estado, nas fronteiras anteriores a 1967 e com capital em Jerusalém Leste», assim como o «respeito do direito de retorno dos refugiados palestinianos, conforme estipulado pelas resoluções pertinentes das Nações Unidas».
Ao Governo português era dirigido ainda um apelo para que, «no respeito pela Constituição, condene de forma inequívoca a decisão agora tomada pela administração norte-americana».
Na apresentação do voto, Bruno Dias assinalou que na «Palestina não há um conflito, há uma ocupação, há uma política constante e sistemática de agressão, expansionismo e colonização, de violação de direitos humanos e do direito internacional por parte do Estado de Israel», defendendo que o «Estado português não pode assistir passivamente a esta situação».
Já um outro voto sobre a mesma matéria, apresentado por PS, BE e PAN, recolheu o voto unânime da Câmara, tendo um terceiro texto sobre a mesma questão, de PSD e CDS-PP, obtido também luz verde dos partidos menos do PCP e PEV que se abstiveram.