No 72.º aniversário da FMJD

Luís Silva

A JCP contribuiu decisivamente para o relançamento da FMJD

A barbárie imposta pela II Guerra Mundial levou a juventude progressista do mundo a unir-se com todos aqueles que defendiam a paz e pretendiam travar o nazi-fascismo. Depois do fim da guerra que esmagou o fascismo, e que custou a vida a muitos milhões, inspirados por esse amplo espírito de unidade a nível internacional, fundou-se a 10 de Novembro de 1945 a Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD).

A comemoração do 72.º aniversário da FMJD é marcada pelos 70 anos do movimento dos Festivais Mundiais da Juventude e dos Estudantes e pela realização em Sochi do 19.º Festival.

A história demonstrou que o futuro e o reforço da FMJD estiveram sempre ligados ao movimento dos Festivais e à luta da juventude pelos seus direitos e pela paz. O primeiro Festival realizou-se em Praga há 70 anos para afirmar a vontade da juventude contra a guerra e o muito sangue derramado durante a II Guerra Mundial, expressando-se no no lema «Jovens unam-se! Por uma paz duradoura», que é ainda hoje a mensagem gravada no símbolo da FMJD.

Apesar da correlação de forças saída da derrota do nazi-fascismo, com um equilíbrio positivo para as forças da Paz, a acção do imperialismo, liderada pelos EUA e seus aliados, prosseguiu e o papel da FMJD e dos Festivais foi plenamente justificado e necessário. Perante as derrotas do socialismo no plano mundial, a FMJD teve também dificuldades.

Com a organização em Portugal, em 1995, da Assembleia-Geral da Federação, a JCP contribuiu decisivamente para o seu relançamento. O quadro global era muito complicado, mas a Assembleia, marcando o momento de juntar forças, garantiu o futuro da FMJD. A Assembleia-Geral viria a realizar-se de novo em Lisboa em 2011 após a JCP assumir a Presidência da FMJD em 2003, confirmando o seu compromisso com a sua defesa e os valores que representa.

Em luta

Desmentindo as teorias do fim da luta de classes e da História, nas escolas, universidades, locais de trabalho, nas ruas, os jovens mobilizam-se para defender os seus direitos, sendo uma parte activa e muito importante da luta mais geral contra o imperialismo. Todas essas lutas e unidade têm uma expressão massiva na vida da FMJD e nos Festivais Mundiais da Juventude e dos Estudantes.

Assiste-se ao aumento da agressividade do imperialismo, com a generalização de guerras, ocupações, agressões, neocolonialismo, retirada dos direitos da juventude, aumento das desigualdades, exploração e opressão, aumento de racismo e xenofobia. Razões que exigem o reforço do Movimento Anti-imperialista e dos Festivais e de juntar toda a juventude que não baixa os braços e luta em defesa paz e contra o imperialismo.

A FMJD, que reúne diferentes organizações juvenis de todo o mundo que têm em comum a luta contra o imperialismo e pela Paz, e que é e quer continuar a ser uma organização que ultrapassa em muito o quadro das organizações comunistas que lhe dão um forte suporte, assegura ao movimento dos Festivais, com o seu papel dinamizador, não apenas o seu caráter anti-imperialista, mas também a sua ligação às massas juvenis e estudantis.

Continuar a reforçar a Federação é reforçar a frente de luta anti-imperialista, uma frente ampla de massas ligada a realidade e aspirações da juventude constituindo uma necessidade no combate à grande ofensiva do imperialismo e ao perigo eminente de guerras e agressões.




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