PCP defende SATA pública e ao serviço dos açorianos
SATA Instrumento fundamental para a economia, coesão e desenvolvimento dos Açores, a companhia aérea açoriana deve adoptar um novo modelo de serviço público, defende o PCP.
A SATA tem de ser mantida como uma empresa pública
LUSA
A posição pública divulgada pelo Partido, dia 20, foi suscitada pelo facto de o Governo Regional voltar «a abrir portas a uma futura privatização da SATA». «O PCP rejeita esta opção» e denuncia que, a concretizar-se, «os interesses e as prioridades regionais ficam à mercê de interesses privados».
O PCP reafirma, além do mais, «que a SATA tem de ser mantida como uma empresa pública, regional, forte, construída com os seus trabalhadores» e com «uma gestão eficaz, transparente e independente das conveniências do Governo Regional e de interesses privados».
Responsáveis
A SATA acumula uma dívida superior a 40 milhões de euros, problema estrutural cuja responsabilidade o Partido atribui à «gestão danosa» praticada por «sucessivos governos regionais». Nesse sentido, acrescenta-se ainda no comunicado, a gestão da SATA deve ser norteada pela coerência e rigor, em vez de servir de «agência de emprego político» ou estar sujeita a «conveniências políticas de curto prazo».
Empresa de «importância estratégica», «companhia de bandeira dos Açores» e, por isso, «um importante meio de promoção e divulgação» do arquipélago; «instrumento económico e de coesão regional e o principal pilar das políticas de transportes aéreos na região», a SATA com a actual gestão apresenta «graves entraves à mobilidade dos açorianos» (entre ilhas, sobretudo), e constitui «uma barreira de limitação ao crescimento do sector turístico, sobretudo nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo», insiste o PCP.
Resposta
Feito o diagnóstico e atribuídas as responsabilidades, a Direcção da Organização Regional dos Açores do PCP sublinha ser «uma condição estratégica para o desenvolvimento regional o estabelecimento de obrigações de serviço público, claras e objectivas».
«O transporte aéreo de mercadorias necessita de um serviço dedicado, inter-ilhas e com a Madeira e o continente», visando «potenciar o mercado interno e a capacidade exportadora da Região», sustenta também o Partido, para quem a «alteração do actual modelo de serviço público de transporte aéreo» deve obedecer a objectivos, princípios e prioridades que assegurem o direito à mobilidade dos açorianos, dentro do arquipélago e para fora dele, promovam a coesão social e territorial.