Seixal constrói o seu futuro
Na tomada de posse dos eleitos para a Câmara e Assembleia municipais do Seixal, realizada no dia 23, Joaquim Santos, reeleito presidente da autarquia, começou por afirmar que aquele concelho é «um dos municípios mais desenvolvidos e com maior índice de qualidade de vida».
O eleito do PCP referiu que «estamos num novo ciclo político no concelho do Seixal e a partir de hoje é tempo de retomar a acção e de aumentar as respostas àqueles que são os factores críticos de desenvolvimento que o concelho precisa de resolver para poder avançar».
De seguida, referiu alguns exemplos, mencionando que «neste mandato é nossa expectativa e da população que se inicie a obra do hospital do Seixal, que se concretize o novo centro de saúde de Corroios, a Loja do Cidadão, a Esquadra da Divisão Policial do Seixal, equipamentos sociais, a requalificação de várias escolas, a construção dos quartéis dos bombeiros de Fernão Ferro e Amora e que possamos resolver os problemas existentes relativos ao realojamento social que no concelho do Seixal afecta mais de 554 famílias».
No final, depois de elencar alguns dos projectos para os próximos anos (ver caixa), Joaquim Santos reforçou que as «soluções» para os «problemas» devem ser construídas «de forma mais próxima com as populações». Só com um «novo modelo de participação» será possível «trazer mais desenvolvimento económico e social para o nosso concelho, honrando as nossas memórias, construindo o futuro», afiançou.
Joaquim Santos reiterou o compromisso assumido com a população do concelho de reforçar o investimento da autarquia nas mais diversas áreas de intervenção.
Educação
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Requalificação de todas as escolas básicas e jardins-de-infância (JI) e ampliação das escolas básicas Quinta de Santo António, em Amora, e Aldeia de Paio Pires;
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Construir o Jardim de Infância da Quinta de São Nicolau, em Corroios.
Juventude
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Lançar um novo modelo de habitação a custos controlados para jovens casais;
- Construir o Centro de Apoio ao Movimento Associativo Juvenil, em Amora.
Cultura
- Construir o Centro Cultural de Amora;
- Reabilitar a Mundet e o Centro de Interpretação do Monumento Nacional Olaria Romana do Brasileiro-Rouxinol;
- Afirmar projectos emblemáticos como o SeixalJazz ou a Oficina de Artes Manuel Cargaleiro.
Desporto
- Construir a Piscina Municipal de Paio Pires.
Mobilidade
- Prosseguir a rede de ciclovias, com uma ligação pedonal e ciclável ao Barreiro e Aroeira, concelho de Almada;
- Prolongamento do passeio ribeirinho de Amora;
- Criação de um circuito turístico em torno da Baía do Seixal através de um veículo eléctrico;
- Conclusão do troço da Alternativa à EN10 em Corroios.
Ambiente
- Construir mais parques e jardins, destacando-se a 1.ª fase do Parque Metropolitano da Biodiversidade, em Corroios, o Parque Urbano de Miratejo e o Parque Urbano do Seixal.
- Renovação de redes e condutas e aumentar a capacidade de reserva dos sistemas municipais.
Higiene Urbana
- Aquisição de novas viaturas;
- Contratação de mais trabalhadores e melhor organização;
- Prosseguir a colocação em larga escala de contentores semienterrados na zona central de Corroios, alargando-se depois a outras importantes áreas urbanas do concelho.
Socorro às populações
- Colocar em funcionamento os quartéis dos bombeiros de Fernão Ferro e de Amora.
em Fernão Ferro
No dia 25, a instalação dos órgãos autárquicos na Freguesia de Fernão Ferro, Seixal, ficou marcada pelo abandono dos eleitos da CDU, PS e PSD, apenas ficando na sessão os eleitos do movimento «Somos Fernão Ferro», que venceu as eleições. Em causa esteve a apresentação de um boletim para votação e eleição da Mesa da Assembleia de Freguesia que não contemplava a possibilidade de votar «Não».
Para a CDU, a situação ocorrida demonstra a «atitude prepotente, irresponsável e antidemocrática» do presidente da Junta de Freguesia, Carlos Reis, na condução dos trabalhos na primeira reunião da Assembleia de Freguesia.
«A continuação do processo de eleição, sem a verificação de quórum e da maioria dos membros presentes, configura um acto nulo na instalação dos órgãos, concretamente o executivo da Junta de Freguesia e Mesa da Assembleia de Freguesia», entende a Coligação PCP-PEV, que manifestou disponibilidade para ultrapassar a questão, bastando que Carlos Reis «respeite a legislação em vigor».