EUA e Israel retiram-se da Unesco e organização elege nova directora

Os Estados Unidos decidiram sair da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) a partir de 31 de Dezembro de 2018.

Washington anunciou que até lá os EUA continuarão a ser membro de pleno direito e que, depois dessa data, permanecerão na Unesco com o estatuto de observador.

Israel anunciou também a saída do país da Unesco.

O incumprimento das obrigações financeiras por alguns países, a necessidade de uma reforma da organização e «o preconceito anti-israelita» daquela agência da ONU foram razões invocadas pelos norte-americanos para o abandono. Em 2011, a pretexto da admissão da Palestina na organização, os EUA suspenderam o contributo financeiro à Unesco, acumulando hoje uma dívida de 550 milhões de dólares.

Em Julho, por proposta da Palestina, a Unesco declarou a cidade velha de Hébron, na Cisjordânia ocupada, «zona protegida» do património mundial, o que levou Washington a manifestar a intenção de «reexaminar» a ligação à agência.

A directora-geral cessante, a búlgara Irina Bokova, afirmou que o abandono dos EUA é «uma perda para o multilateralismo». E considerou que, «no momento em que a luta contra o extremismo violento exige um investimento renovado na educação e no diálogo intercultural para prevenir o ódio, é profundamente lamentável que os EUA se retirem da agência das Nações Unidas que se ocupa destes temas».

Para o cargo de directora-geral da Unesco foi agora eleita Audrey Azoulay, francesa de origem marroquina, ex-ministra da Cultura de François Hollande. Na fase final do processo eleitoral, derrotou Hamad Al-Kawari, representante do Qatar.

 



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