Franceses intensificam luta contra a reforma laboral

PROTESTO Com marchas lentas e bloqueios de entrepostos por todo o país, os camionistas franceses iniciaram, na segunda-feira, 25, uma greve contra a reforma da legislação laboral.

Cresce mobilização contra as reformas antilaborais em França

As acções de protesto foram convocadas pelos sindicatos da CGT e da FO e poderão prolongar-se, caso o governo não dê garantias aos profissionais do transporte pesado rodoviário sobre a manutenção das condições de trabalho.

No primeiro dia de greve, os camionistas realizaram acções em mais de 40 locais, segundo revelou o secretário-geral da CGT- Transports, Jérôme Vérité, que saudou a forte adesão aos protestos.

Todavia, por volta do meio-dia, a polícia já tinha conseguido levantar a maioria dos bloqueios, actuação que os sindicatos criticam, denunciando todo o tipo de pressões exercidas sobre os trabalhadores em greve, desde «intimidações, ameaças de apreensão das cartas de condução, utilização de camiões gruas», etc.

Com vista a evitar rupturas no abastecimento de combustíveis o governo publicou no sábado, 23, um decreto que suspende temporariamente as normas relativas aos tempos de condução e de repouso obrigatório.

Apesar das medidas tomadas pelas autoridades para diminuir o efeito da greve dos camionistas, os sindicatos asseguram que a luta vai continuar até que o presidente Macron desista da reforma laboral.

Após a jornada nacional de protesto, de dia 12, milhares de pessoas manifestaram-se novamente por todo o país, dia 21, véspera da aprovação dos decretos laborais em Conselho de Ministros. Mais de 200 manifestações e concentrações demonstraram a determinação dos franceses de resistir à ofensiva laboral.

No sábado, 23, cerca de 150 mil pessoas, segundo os organizadores, concentraram-se na Praça da República, em Paris, numa acção convocada pelo partido «França Insubmissa», contra o «golpe de Estado social de Emmanuel Macron».

 



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