Resistência popular em Jerusalém Oriental

RECUO Após 10 dias de confrontos populares com as forças ocupantes, em Jerusalém Oriental, as autoridades israelitas retiraram os detectores de metais à entrada da Esplanada das Mesquitas.

MPPM condena escalada de violência em Jerusalém Oriental

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As restrições por Israel do acesso ao complexo de Al-Aqsa e o agravamento da repressão em Jerusalém Oriental, visando aprofundar a política israelita de anexação do território palestino, provocaram uma escalada de tensão.

Um tiroteio na cidade velha de Jerusalém, no dia 14, que terminou na Esplanada das Mesquitas, resultou na morte de três atacantes e de dois polícias israelitas, uns e outros palestinos com cidadania israelita.

Israel impôs durante dois dias o encerramento do local, pela primeira vez desde há muitos anos. Violando a liberdade de culto e pondo em causa o estatuto do local sagrado, o acesso ao complexo só foi permitido por Israel depois da instalação à entrada de detectores de metais.

Como forma de protesto, os fiéis palestinos recusaram-se a entrar e as orações têm sido realizadas na rua, sob pesada e provocatória vigilância israelita, mas contando com um movimento de solidariedade das comunidades cristãs.

As forças repressivas israelitas têm utilizado meios violentos para dispersar os crentes, recorrendo a cargas a cavalo, canhões de água, gás lacrimogéneo, granadas atordoantes e balas reais. Foram mortos a tiro, pelo menos, quatro palestinos, havendo mais de um milhar de feridos. Reinava uma atmosfera de medo na Cidade Velha de Jerusalém, onde foi proibida a entrada de todos os não residentes, incluindo lojistas e trabalhadores.

Os acontecimentos dos últimos dias decorreram numa área, Jerusalém Oriental, que o direito internacional considera território ilegalmente ocupado por Israel desde Junho de 1967.

Em Portugal, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) condenou a «escalada de violência israelita» em Jerusalém Oriental.

No ano do 50.º aniversário da ilegal ocupação da totalidade do território da Palestina, afirma o MPPM, é tempo de a comunidade internacional, incluindo o Estado português, «assumir as suas responsabilidades e fazer com que Israel cumpra finalmente as inúmeras resoluções da ONU que impunemente viola desde há décadas». É tempo de «garantir ao martirizado povo palestino o seu direito a uma existência em paz e segurança, à constituição do seu Estado independente e soberano, contíguo e viável, com capital em Jerusalém Oriental».

Também o PCP reafirmou a sua solidariedade ao povo da Palestina.

 



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