A Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin) ganhou as eleições parlamentares que decorreram no dia 22, de acordo com as contagens de votos do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) timorense, citado pela Lusa.

A Fretilin, liderada por Mari Alkatiri, obteve 168 422 votos, à frente do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), encabeçado por Xanana Gusmão, com 167 330 votos.

No Parlamento Nacional timorense, com um total de 65 lugares, a Fretilin conquistou 23 deputados e o CNRT elegeu 22. A terceira força mais votada foi o Partido Libertação Popular (PLP), do antigo presidente da República Taur Matan Ruak, que conseguiu 60 092 votos (oito deputados), seguindo-se o Partido Democrático (PD), com 55 595 votos (sete deputados) e o Khunto, com 36 546 votos (cinco deputados).

Concorreram 21 forças políticas e estavam 760 907 eleitores recenseados, em Timor-Leste e também na Austrália, Coreia do Sul, Portugal e Grã-Bretanha.

Numa mensagem enviada ao Comité Central da Fretilin, o Secretariado do Comité Central do PCP transmite as «felicitações e fraternais saudações dos comunistas portugueses». Manifestando confiança na capacidade da Fretilin em «dar expressão à vontade e determinação do povo timorense, na defesa da sua soberania e independência», o PCP realça que o resultado alcançado constitui mais uma expressão do papel desempenhado pela organização na «longa e heroica luta libertadora do povo timorense». Na mensagem, o Partido formula ainda os melhores votos à acção da Fretilin pela «concretização das aspirações do povo timorense e a construção de um país prospero, progressista, e independente».