Acção solidária com a Venezuela
SOLIDARIEDADE O CPPC promoveu ontem, 5, em Lisboa, uma acção contra a violência e ingerência externa na Venezuela e de apoio ao processo bolivariano.
O CPPC rejeita a ingerência e o golpe
A iniciativa do Conselho Português para a Paz e Cooperação teve lugar imediatamente após o acto protocolar da embaixada da República Bolivariana da Venezuela em Portugal, comemorativo dos 206 anos da independência do país, junto à estátua de Simon Bolívar em Lisboa. Aos dirigentes e activistas do CPPC juntaram-se muitos outros, em representação de diversas organizações, entre as quais o PCP, a CGTP-IN e o MDM.
Ilda Figueiredo, do CPPC, realçou as acções de ingerência e desestabilização política e económica que marcam hoje a realidade venezuelana, denunciando o papel determinante em todo este processo da oligarquia local e dos EUA. Todas estas manobras, lembrou, têm como objectivo último recuperar o domínio dos EUA na região, posto em causa com os processos progressistas na América Latina. Assim, estar com o povo venezuelano é «estar do lado dos que, depois das Honduras, do Paraguai e do Brasil, resistem a mais uma tentativa de golpe de Estado».
Não à ingerência
Depois de a embaixadora de Cuba, Johana Tablada, ter realçado os êxitos sociais alcançados pelos venezuelanos nos últimos anos e denunciado o papel de organizações internacionais como a Organização de Estados Americanos na agressão contra a Venezuela, o diplomata venezuelano, Lucas Rincón Romero, desmascarou a ofensiva mediática em curso contra o governo do seu país.
A violência, garantiu, resulta da acção de grupos extremistas ligados à oposição, que pagam a marginais para cometerem crimes e actos de vandalismo. O facto de a violência ser cometida em municípios dirigidos pela oposição com recurso à polícia municipal comprova-o. É esta mesma oposição, que durante anos exigiu demagogicamente a convocação de uma Assembleia Constituinte, que agora condena o governo por a ter convocado. Para o embaixador, a violência e a desestabilização visam travar a afirmação soberana do povo da Venezuela sobre os seus recursos e o destino da sua pátria.
Na iniciativa, os presentes entoaram palavras de ordem como «Venezuela vencerá!» e «Não à ingerência! Soberania e independência».