Estivadores espanhóis obtêm garantia de emprego

PORTOS Sindicatos dos estivadores e patronato chegaram, dia 29, a um acordo que põe fim ao conflito laboral que se arrastava há meses nos portos espanhóis.

Luta firme dos estivadores força patronato a ceder

Os pontos acordados estabelecem as linhas de base do novo convénio colectivo, cujo núcleo principal é a garantia dos postos de trabalho por parte das empresas que operam nos portos de Espanha.

O acordo representa uma vitória dos trabalhadores que lutam desde há cinco meses contra a desregulamentação do sector, imposta pela Comissão Europeia.

«É uma boa notícia para a estiva e para todo o sector», declarou Antolín Goya, dirigente da Coordenadora de Trabalhadores do Mar, principal estrutura representativa dos estivadores.

Num comunicado conjunto, sindicatos e a associação patronal Anesco anunciam a manutenção de cem por cento dos postos de trabalho, apesar de se prever um período transitório, durante o qual serão reduzidos efectivos através de pré-reformas voluntárias.

Os sindicatos já antes tinham aceitado uma redução salarial até dez por cento e a reorganização do trabalho, aspectos agora reafirmados.

O acordo foi obtido após uma série de greves realizadas desde o início de Junho, que paralisaram parcialmente a actividade da estiva portuária em Espanha.

A recusa inicial da Anesco de garantir os postos de trabalho e os direitos adquiridos foi superada através de acordos negociados separadamente entre os sindicatos e grandes operadores portuários que lograram assim não ser atingidos pelas greves.

Estas iniciativas enfraqueceram a posição da Anesco, acabando por forçá-la a alcançar um compromisso com os sindicatos.



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