Professores persistem

A greve de dia 21 «foi um importante momento de uma luta que os professores irão continuar», realçou o Secretariado Nacional da Fenprof, num comunicado que divulgou ao final da tarde daquela quarta-feira, a saudar «todos os professores e educadores que aderiram à greve de hoje, bem como os que disso foram impedidos pela imposição de serviços mínimos». Muitos destes trabalharam exibindo um autocolante de apoio à luta.

Devido à greve, «foram muitas as escolas básicas e jardins de infância que hoje não abriram portas e foram centenas os conselhos de turma adiados», informou a federação, que anexou ao comunicado um vasto rol de exemplos.

A greve «não tinha por objectivo a inviabilização de um específico tipo de serviço», como os exames e provas de aferição, porque «constituía, isso sim, um momento importante de uma luta que os professores vêm desenvolvendo desde o início do ano, incluindo o aprofundamento da consciência das posições que têm vindo a ser assumidas pelo Ministério da Educação e pelo Governo».

O ME «recusou-se, designadamente em cada um dos momentos de contestação dos professores, a responder positivamente às propostas» da Fenprof e «só nos dois dias que antecederam esta greve aceitou, depois de muita pressão, aprofundar o debate». «Porém, em tudo o que era essencial nada avançou», lembrou a federação, indicando as posições do Ministério sobre regime especial de aposentação, progressão na carreira a partir de Janeiro de 2018, horários de trabalho, conversão das horas de redução lectiva em tempo da componente individual de trabalho, novos processos de vinculação extraordinária e aprovação de um modelo de gestão democrática para as escolas.

«Tratando-se de objectivos que são extremamente importantes, os professores não desistirão de lutar por eles», assegurou a Fenprof, adiantando que, «ainda no final deste ano lectivo», discutirá o prosseguimento da luta, logo a partir do início do próximo ano lectivo.

 



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