Seixal e Barreiro querem ponte para ligar os dois concelhos
Uma ponte rodoviária que una o Seixal e o Barreiro permitindo que a passagem de um para outro concelho se faça percorrendo apenas 400 metros, em vez dos actuais 16 quilómetros – esta a reivindicação reiterada no início da semana passada numa iniciativa que juntou os presidentes das duas câmaras municipais, Joaquim Santos e Carlos Humberto, respectivamente.
A uma só voz, Joaquim Santos e Carlos Humberto lembraram que apesar de a obra se encontrar contemplada há décadas em vários planos e projectos (por exemplo, a Estrada Regional 10, inacabada e que actualmente só liga Corroios a Almada), até ao momento nada foi concretizado. Nesse sentido, informaram que vão pedir uma reunião ao ministro da tutela para alertar para a urgência da construção da referida ligação.
«A construção de uma ponte rodoviária que ligue o Seixal ao Barreiro é uma prioridade fundamental, pois esta infra-estrutura permitirá aproximar os dois concelhos, facilitar a circulação das suas populações, bem como garantir as ligações de actividades económicas à rede local, regional, nacional e internacional», salienta-se em comunicado divulgado antes da conferência de imprensa conjunta.
As autarquias têm vindo a defender que a ponte é igualmente essencial para potenciar investimentos estruturantes na região, casos da nova travessia rodoferroviária do Tejo, entre Chelas e o Barreiro, do novo terminal de contentores do Porto de Lisboa, também no Barreiro, ou do novo aeroporto internacional de Lisboa, em Alcochete.
Do ponto de vista da mobilidade local, a travessia Seixal-Barreiro é também importante para a concretização de novas fases do Metro Sul do Tejo, designadamente porque pode permitir fechar um anel entre a Moita, Barreiro e Seixal, isto pressupondo que avança a extensão da rede até à estação ferroviária do Fogueteiro e as ligações ao Barreiro, Baixa da Banheira e Moita.
A ligação entre o Seixal e o Barreiro data de 1923. Era então uma ponte ferroviária. O transito foi interrompido em 1969 depois de um navio ter colidido com um dos pilares da estrutura, a qual nunca mais foi recuperada.