MDM debateu violências e direitos e reafirmou que a prostituição não é profissão

MULHERES «As mulheres e a deficiência» foi o tema que reuniu dezenas de mulheres e organizações numa jornada realizada a 31 de Maio. Antes, a 27, o MDM reafirmou num debate que a prostituição é exploração.

Violências e discriminações contrastam com os direitos

Na iniciativa centrada nos problemas específicos da deficiência no feminino, organizada pelo Movimento Democrático de Mulheres (MDM) com o apoio da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e da Câmara Municipal de Almada, concelho onde se realizaram as jornadas, participaram mais de 80 mulheres e jovens.

Várias organizações foram convidadas a participar no fórum de reflexão e debate, entre as quais investigadoras, representantes e utentes de várias associações de pessoas com deficiência, bem como representantes de sindicatos, da delegação portuguesa da Rede Europeia Anti-Pobreza, das câmaras municipais de Almada e Lisboa e da Junta de Freguesia do Laranjeiro e Feijó, e do Instituto Nacional de reabilitação.

Dos testemunhos e intervenções feitas ao longo de todo o dia, segundo nota divulgada pelo Movimento, sobressaiu que as violências e discriminações, quotidianas e em várias dimensões da vida, contrastam com os direitos das mulheres.

No âmbito do projecto «As Mulheres e a deficiência – violências e discriminações vs direitos», o MDM promove novas jornadas já no próximo dia 27, no auditório do CIUL no Picoas Plaza, em Lisboa.

 

Exploração

No dia 27 de Maio, no espaço Roundabout, em Lisboa, sob o lema «Não estou à venda», o Núcleo de Lisboa do MDM levou a prostituição a debate, reafirmando que esta é exploração, não é profissão.

Sandra Benfica em representação do MDM, Conceição Mendes, da Associação «O Ninho», e Lily Nóbrega, pelo Núcleo de Lisboa do MDM, tomaram a palavra numa das muitas iniciativas que o Movimento está a realizar para afirmar a necessidade de esclarecer e dar combate à prostituição, ao tráfico de seres humanos e respectivas causas.

 

Saúde

No mesmo dia 27, o MDM divulgou um comunicado a assinalar o Dia Internacional da Saúde da Mulher, no qual alerta que «milhões de mulheres em todo o mundo continuam a morrer durante a gravidez e de parto, de doenças sexualmente transmissíveis ou de cancro por não terem acesso à prevenção e aos cuidados básicos de saúde», e que «milhares e milhares de crianças, raparigas e mulheres continuam a ser sujeitas a sofrimentos terríveis com a mutilação genital, gravidezes precoces ou violações, especialmente em cenário de guerra».

«Forças conservadoras e revanchistas tentam a todo o custo liquidar o direito à livre opção da mulher de recorrer à interrupção da gravidez», adverte ainda o MDM, que exprimindo «a sua total solidariedade para com todas as jovens e mulheres que diariamente lutam pelo direito à saúde, pela paz e o progresso», bem como para com «os trabalhadores da Saúde [que denunciam e lutam] contra a precariedade, os ritmos de trabalho e o prolongamento dos horários, o congelamento das carreiras e escassez de recursos humanos», «reclama do actual Governo do PS uma política urgente que promova a saúde e a prevenção da doença», que reforce «os meios disponíveis no acompanhamento de proximidade para dar resposta às diversas dimensões da saúde das mulheres, de acordo com o seu ciclo de vida, nos domínios do rastreio, diagnóstico e tratamento».




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