Marcha universitária na Argentina

Milhares de professores universitários ocuparam as principais ruas da capital argentina, Buenos Aires, na quarta-feira,17, em defesa da universidade pública e dos salários. Os professores exigem aumento de 35 por cento para compensar a inflação de 2016 e a degradação das condições de vida resultante da política neoliberal do presidente Maurício Macri, bem como a regularização da situação dos professores contratados, a aplicação do acordo colectivo de trabalho, a reintegração de 500 investigadores despedidos e o aumento do orçamento destinado às universidades.

Segundo os sindicatos, a Marcha Federal Universitária teve uma adesão de 80 por cento dos professores do sector, que acusam o governo de Macri de pretender «entregar os estudos universitários à actividade privada» e «introduzir as lógicas de mercado naquilo que sobrar da universidade pública», colocando-a ao serviço do grande capital.

Contra a impunidade

Uma semana antes, no dia 10, Buenos Aires foi palco de outra grande manifestação, desta feita encabeçada pelas Mães e Avós da Praça de Maio, contra o tratamento de crimes de lesa-humanidade como delitos comuns. A manifestação foi uma massiva expressão de combate à impunidade dos crimes da ditadura militar argentina, depois de o Supremo Tribunal ter decidido aplicar a um torturador e sequestrador a regra que determina que, após dois anos de prisão preventiva, um condenado passa a gozar de comutação de um dia por cada dois de pena sentenciada (2x1).

O Senado argentino aprovou entretanto uma norma que proíbe a aplicação daquele cálculo favorável a condenados por crimes contra a humanidade, genocídio ou crimes de guerra.




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