Autoeuropa forçada a recuar

Até anteontem, a administração da VW Autoeuropa ainda não tinha apresentado novas propostas de alteração dos tempos de trabalho, depois de ter sido rejeitada em plenários, a 21 de Abril, a intenção de reduzir a remuneração do trabalho prestado ao sábado.
Nessa semana, a administração comunicou aos trabalhadores que tencionava alterar o horário de trabalho semanal em Novembro, nas Prensas, e generalizar essas alterações no início de 2018, alegando o previsto aumento de produção, com o novo modelo da marca alemã (T-Roc).
«Em causa está a intenção de transformar uma das folgas semanais (dia de descanso suplementar), até agora fixa, ao sábado, numa folga rotativa durante a semana», explicou então O Faísca. No boletim da célula do PCP na Autoeuropa, foi dado o alerta acerca do que sucederia, com tal regime horário: «Os trabalhadores passariam a usufruir de um fim-de-semana completo livre, para as suas actividades lúdicas em família, culturais, desportivas, sociais, etc., apenas ao fim de… seis semanas». Por outro lado, essa modificação significaria «trabalhar mais com menos direitos».
«O que está em causa é a desorganização familiar, o pagamento dos sábados como trabalho extraordinário, a duração do turno nocturno e o pagamento dos 25 por cento de subsídio de turno a todos», concretizou o SITE Sul, no boletim informativo que a comissão sindical publicou poucos dias depois dos plenários. O sindicato da Fiequimetal/CGTP-IN remeteu para a administração a retirada de «ilações da recusa inequívoca de todos os trabalhadores, em plenário, desta proposta de organização dos tempos de trabalho (horários), cabendo agora repensar a sua posição sobre esta matéria».
Da mudança da posição patronal depende a resposta dos trabalhadores. N’ O Faísca recorda-se que a primeira proposta divulgada «reavivou o ambiente generalizado de descontentamento e revolta que se viveu internamente no final do ano passado».

 



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