Misseis na Coreia têm China na mira
A China exigiu anteontem a imediata suspensão da instalação do sistema de mísseis norte-americano na Coreia do Sul. Na segunda-feira, 1 de Maio, um responsável dos EUA adiantou à France Press que o THAAD estava operacional e insistiu tratar-se de um instrumento militar de resposta ao que Washington considera ser a ameaça colocada pela República Popular Democrática da Coreia (RPDC).
Pequim, além de reiterar que o THAAD aprofunda o belicismo em detrimento do diálogo com a Coreia do Norte (que entretanto fez saber que a iniciativa norte-americana confirma a necessidade de acelerar o seu programa de dissuasão defensiva), garantiu ainda que «tomará fortes medidas» para «defender os seus interesses».
Alegadamente o THADD anula a capacidade dos mísseis detidos não apenas pela RPDC mas também pela China, país que apesar de criticar a insistência norte-coreana em proceder a testes balísticos e nucleares, nota que exercícios militares e o reforço de meios de guerra de Washington ao largo da península coreana, incluindo nucleares e de inteligência (o director da CIA viajou para Seul no dia 1 de Maio), como os que estão em curso, em nada contribuem para que a Coreia do Norte acredite na existência de condições para negociações que pacifiquem a sua relação com os EUA e a Coreia do Sul.