PCP solidário com luta de presos palestinianos
A luta dos presos palestinianos iniciada às primeiras horas do passado dia 17 de Abril, entrou na segunda semana com mais detidos a aderirem ao protesto iniciado por cerca de 1500 patriotas palestinos encarcerados. De acordo com informações difundidas pelo comité de imprensa estabelecido para apoiar os grevistas, 40 prisioneiros do cárcere de Megiddo, no norte de Israel, integraram a iniciativa.
Em nota divulgada pelo seu gabinete de imprensa no dia 20, o PCP considera que esta «luta pela liberdade e condições dignas constitui uma expressão corajosa, firme e determinada da longa e heróica luta de todo um povo pela liberdade, contra a ocupação e o esmagamento da sua existência nacional».
O Partido sublinha igualmente que «a resposta do aparelho repressivo de Israel à luta dos presos políticos palestinianos, colocando alguns dos mais destacados líderes palestinianos em isolamento ou transferindo-os para outros centros de detenção com a ameaça da alimentação forçada, permitida pelo Supremo Tribunal de Israel mas considerada pelo direito humanitário e a ética médica como uma forma de tortura, dá a medida da brutalidade do regime de ocupação a que o povo palestiniano é sujeito diariamente».
«A forma de luta extrema agora adoptada por prisioneiros de todas as organizações políticas palestinianas sublinha, uma vez mais, a importância fundamental da unidade do movimento de resistência nacional como instrumento decisivo da luta emancipadora do povo palestiniano», realça ainda o PCP, que recordando estar desde sempre «comprometido com a luta do povo palestiniano contra a ocupação sionista e pelo direito à constituição de um Estado livre, viável e soberano com as fronteiras de 1967 e capital em Jerusalém Leste», expressa «a sua solidariedade com os patriotas palestinianos encarcerados pelas autoridades israelitas e responsabiliza Israel por todas as consequências que possam resultar dessa situação».
O PCP salienta, por outro lado, «a urgência do reforço da solidariedade com o povo palestiniano e a sua luta e chama a atenção para a responsabilidade, nomeadamente, das Nações Unidas na protecção dos direitos dos presos políticos palestinianos em greve de fome nas prisões israelitas».
Desde 1967, quase 800 mil palestinianos foram prisioneiros políticos em Israel.