Num documento, o MURPI começa por lembrar que em Janeiro de 2017 «os reformados, pensionistas e idosos foram confrontados com uma redução do montante da sua pensão», uma situação que não significa um «corte», porque «metade do valor do duodécimo que é subtraída mensalmente à pensão fará com que seja recebido em Dezembro por inteiro 50 por cento do subsídio de Natal». Ou seja, «este ano [2017] o subsídio de Natal será pago 50 por cento em duodécimos e 50 por cento em Dezembro» e em 2018 «há o compromisso de em Dezembro ser, finalmente, reposto o pagamento integral desta importante prestação social».

«Trata-se de um importante avanço indissociável da luta travada pelos reformados e pelo MURPI nos últimos anos», refere a confederação, destacando a sua «justa proposta» para que «a Caixa Geral de Pensões envie regularmente aos pensionistas informação discriminada no valor líquido das suas pensões».

Aumento extraordinário

O MURPI considera ainda insuficiente o aumento de 0,5 por cento nas pensões em 2017 para pensionistas que auferem até 842,64 euros e lembra que, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2017, apenas o PCP detinha uma proposta de aumento extraordinário de 10 euros para todas as pensões.

«Pela luta dos reformados, pensionistas e idosos e pela acção do MURPI foi possível concretizar um aumento extraordinário, em Agosto, de 10 euros por pensionista, cujo valor global de pensões seja de 632 euros e de seis euros para pensões mínimas que tiveram ligeiros aumentos entre 2011 e 2015», valoriza-se no documento. A medida abrangerá cerca de 2,8 milhões de reformados e pensionistas.

Positiva foi também a aprovação do Complemento Solidário para Idosos, o alargamento da isenção do pagamento das taxas moderadoras e o desagravamento da sobretaxa do IRS para a totalidade dos escalões.