O rumo que faz falta
A necessidade de romper com a política de direita e enveredar por uma política patriótica e de esquerda que assegure o desenvolvimento do País voltou a ressaltar deste debate do OE. A questão assume contornos cada vez mais claros à medida que, como sublinhou Jerónimo de Sousa na sua declaração na AR dia 25, «se vai estreitando o caminho imposto pela submissão aos grupos monopolistas, à União Europeia e ao euro».
O que o País precisa, pois, face às «contradições e impasses» em que está mergulhado, é de um rumo alternativo que opere as transformações sociais e económicas que garantam o seu desenvolvimento e o seu futuro.
Caminho esse que passa desde logo, segundo o líder comunista, pela «libertação da submissão ao euro, articulada com a renegociação da dívida e a recuperação do controlo público da banca e de outros sectores estratégicos».
Mas também, prosseguiu, pela «valorização dos salários e direitos dos trabalhadores», pela «defesa da produção nacional» e por uma «justa tributação fiscal».
A valorização e melhoria dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, bem como a «defesa da soberania e dos interesses nacionais perante as imposições do grande capital e da UE», constituem igualmente vectores da política patriótica e de esquerda que o PCP defende e propõe ao povo português.