1 de Novembro, de novo feriado
A próxima terça-feira, dia 1, volta a ser feriado. Todos ainda nos lembramos que nos últimos três anos este feriado não existiu. O governo PSD/CDS com a sua política de exploração e empobrecimento que conduziu a uma acentuada agudização das condições de vida e de trabalho, decidiu roubar aos trabalhadores e ao povo português quatro feriados nacionais: Corpo de Deus, 5 de Outubro, 1 de Novembro e 1 de Dezembro.
Quatro feriados que significaram, por trabalhador, em três anos, 12 dias de trabalho forçado e não pago. O que, feitas as contas, representou para a totalidade dos trabalhadores portugueses uma extorsão de centenas de milhões de horas de trabalho, na prática, o agravamento do horário médio de trabalho e o embaratecimento do valor da hora de trabalho. Ou seja, a entidade patronal beneficiou de quatro dias de trabalho «à borla» por ano, o que significa que centenas e centenas de milhões de euros dos trabalhadores, nestes três anos, pelos efeitos mágicos desta medida do governo PSD/CDS, foram parar direitinhos aos bolsos do capital.
E, pior ainda, é que esta medida surgiu num quadro mais extenso de alterações ao Código do Trabalho que incluiu a eliminação de dias de férias, do descanso compensatório e a redução para metade do pagamento do trabalho suplementar.
A eliminação destes quatro feriados nacionais, como refere o PCP, além de afectar o direito ao repouso e ao lazer e à organização do trabalho em condições socialmente dignificantes, de forma a facultar a realização pessoal e a permitir a articulação da vida profissional, familiar e pessoal, obrigou a trabalho sem qualquer acréscimo de remuneração.
Mas, para além disto, esta medida afectou também de forma negativa a cultura e a história do povo português já que alguns deles têm a ver com importantes efemérides da nossa História.
Pois bem, depois do 26 de Junho e do 5 de Outubro, graças à luta dos trabalhadores e com a determinante intervenção do PCP, o dia 1 de Novembro volta a ser feriado. Logo a seguir, o mesmo acontecerá com 1 de Dezembro.
Sempre a provar que valeu e vale a pena lutar. E reforçar o PCP.