Aviação saudita mata 140

Massacre no Iémen

Pelo menos 140 pessoas mortas e 525 feridas é o balanço de um bombardeamento, atribuído à Arábia Saudita, durante um funeral no Iémen, no sábado.

 

A oficina da ONU no país manifestou-se «chocada e revoltada»

O balanço preliminar das vítimas do ataque aéreo ocorrido durante uma cerimónia fúnebre na maior praça da capital, Sanaa, foi divulgado pelas autoridades iemenitas. A oficina da ONU no país manifestou-se, dia 8, «chocada e revoltada», e apelou à imediata interrupção da violência contra civis.

No domingo, 9, uma multidão juntou-se em frente ao gabinete local da coordenação humanitária das Nações Unidas para exigir o apuramento de responsabilidades e protestar contra a campanha militar liderada pela Arábia Saudita no território, iniciada em Março de 2015.

A Arábia Saudita, por seu lado, rejeitou, em comunicado, a autoria do ataque e indicou a necessidade de procurar «outras causas», mas não especificou quais. Porém, só a aviação saudita intervém no Iémen, o que, por exclusão de partes, coloca a petro-monarquia árabe na posição de autora da matança.

Acresce o historial bárbaro da agressão saudita no país, do qual fazem parte bombardeamentos contra mercados e hospitais de organizações humanitárias internacionais de que resultaram centenas de mortos, feridos e estropiados, incluindo crianças.

Um porta-voz do governo norte-americano, que recentemente autorizou a venda de munições à Arábia Saudita, veio a público mostrar consternação sem no entanto condenar o ataque com contundência. A Casa Branca anunciou, também, que vai reavaliar a cooperação com a coligação militar liderada pela Arábia Saudita.

A Arábia Saudita, entretanto, diz ter iniciado um inquérito e mostrou-se disponível para partilhar os dados da investigação com peritos castrenses norte-americanos.




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