O PCP emitiu no dia 15 uma nota de imprensa onde expressa a sua condenação pelo acto terrorista perpetrado na véspera na cidade francesa de Nice, do qual resultaram dezenas de mortos e feridos, e a sua «consternação e sentimentos de pesar aos familiares das vítimas, assim como a sua solidariedade ao povo francês».

Não estando até ao momento cabalmente esclarecidos todos os contornos que rodeiam o ataque, o PCP afirmou as suas posições de principio, nomeadamente a de que a mais eficaz resposta a dar a actos terroristas, como o de Nice ou os recentemente cometidos no Iraque e na Síria, é o «combate às suas causas mais profundas – políticas, económicas e sociais – e a defesa e afirmação dos valores da liberdade, da democracia, da soberania e independência dos estados, de uma política de desanuviamento, de diálogo e de paz nas relações internacionais».

O PCP alerta ainda para a instrumentalização de «naturais e genuínos sentimentos de indignação» visando a imposição de medidas de «cariz anti-democrático, atentatórias de direitos, liberdades e garantias fundamentais», assim como a promoção de sentimentos racistas e xenófobos. Os mesmos que têm vindo a alimentar o crescimento de forças de extrema-direita na Europa.

Para o PCP, o terrorismo, quaisquer que sejam as suas causas, formas e objectivos anunciados, «serve sempre as estratégias e os interesses mais reaccionários e sinistros», ao mesmo tempo que é «inseparável das políticas de exploração e opressão, e da lógica do militarismo e da guerra».