«Muita parra e pouca uva» em Aljustrel
A propósito da notícia que veio a público sobre a diminuição do endividamento do município de Aljustrel, em cerca de 25 por por cento, os vereadores do PCP na Câmara Municipal referem que as informações «não passam de mais uma tentativa de iludir a população», como comprovam os documentos oficiais apresentados pela autarquia, com as contas referentes ao ano de 2015.
Em nota de imprensa, divulgado no dia 1, os eleitos do PCP lembram que a «taxa de execução do Plano de Investimentos ficou-se por pouco mais de metade do planeado (53 por cento), o que demonstra bem a falta de capacidade da Câmara de honrar os compromissos assumidos», e que a «percentagem das despesas de capital no total das despesas da Câmara, que já foi de 40 por cento, é agora de apenas 28 por cento, o que significa que os recursos do município estão a ser cada vez mais utilizados para fins efémeros, sem grandes investimentos infra-estruturais.
Os vereadores dão ainda conta de que o «peso das amortizações dos empréstimos na despesa total que, em 2009 (gestão da CDU), era de 3,5 por cento, agora quase duplicou e apresenta, em 2015, um valor de 6,24 por cento, o que significa que o grau de endividamento relativo da Câmara se tem vindo a agravar, enquanto os investimentos em despesas de capital têm vindo a reduzir».
Contestam, de igual forma, o facto de, em Setembro 2009, o prazo médio de pagamento aos fornecedores ser de 29 dias, enquanto que no fim de 2015 esse prazo passou para mais de 90 dias.