Assistentes portuários e aeroportuários
O PCP promoveu na Assembleia da República, dia 3, uma Audição Parlamentar sobre a situação dos Assistentes de Portos e Aeroportos (APA).
A necessidade de alterar a realidade regulatória do sector, o combate à precariedade, os baixos salários, a segurança no trabalho foram questões abordadas nas mais de 20 intervenções de trabalhadores e membros das suas estruturas representativas, entre os cerca de 70 participantes, num debate que não se ficou pela denúncia de situações degradantes e indignas mas onde se fez ouvir também a proposta concreta para mudar o que está errado.
Muitos casos de trabalhadores onde a opção, face ao magro salário, é «entre pagar o transporte ou o gasóleo, ou então comer», inexistência de «instalações adequadas para trocar de roupa, para refeições, guardar objectos ou para higiene», ser alvo de «insultos e assédio moral diariamente» apenas porque se é associado do SITAVA, «inacção da Direcção-Geral de Saúde e da ACT perante as inúmeras queixas relativas às condições de trabalho e aos problemas de saúde a elas associados foram algumas das situações reportadas na audição, declarou ao Avante! o deputado comunista Bruno Dias, que esteve na mesa que dirigiu os trabalhos acompanhado por António Filipe, Paulo Raimundo, da Comissão Política, e Manuel Gouveia, do CC.
Os Assistentes de Portos e Aeroportos são uma categoria profissional relativamente recente, sofrendo por esse facto de dificuldades acrescidas dada a ausência de regulamentação específica. Um quadro agravado pelo processo geral de crescimento da precariedade e da exploração que afecta os trabalhadores portugueses.
Na audição estiveram presentes as seguintes entidades: Assistentes de Aeroporto dos Açores e da Madeira, Assistentes de Aeroporto de Lisboa e do Porto, SITAVA – Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos e SITAVA/APA – Assistentes de Portos e Aeroportos, entre outras pessoas a título individual.