Obra colectiva em Almada
No dia 5, Jerónimo de Sousa esteve no concelho de Almada, um bom exemplo do que é o projecto autárquico da CDU, que se afirma pelo trabalho, honestidade e competência.
«A CDU tem grandes potencialidades»
A visita iniciou-se na ETAR da Quinta da Bomba, um equipamento inter-municipal, a funcionar desde 1994, que resulta de um projecto integrado de drenagem e funcionamento de águas residuais urbanas dos municípios de Almada e Seixal e que agora sofreu uma enorme e importante intervenção, num investimento de cerca de 10 milhões de euros, com vista à melhoria de eficiência do sistema de tratamento.
No local, a acompanhar Jerónimo de Sousa, estiveram Margarida Botelho, da Comissão Política e responsável pela Organização Regional de Setúbal do PCP, Joaquim Judas, presidente da Câmara de Almada, e José Gonçalves, presidente do Conselho de Administração dos SMAS de Almada, assim como, entre outros eleitos e dirigentes comunistas, técnicos dos SMAS e representantes das empresas adjudicadas na execução e fiscalização da obra.
Soluções
A obra, praticamente concluída, permite dar resposta a um aumento das necessidades, reutilizar mais efluentes tratados e reduzir o consumo energético, através da substituição de equipamentos obsoletos, que, na altura, tinham como função «retirar dos sólidos a água suja, e, dessa forma, tratar as águas residuais, naquela que era a tecnologia e as soluções que existiam».
«Passados 22 anos, foi preciso adaptar estes equipamentos e avançar com uma grande remodelação», afirmou José Gonçalves, informando que aquela intervenção foi feita «numa fase muito difícil do nosso País», com «um conjunto de empresas que faliram» e o «empreiteiro geral a ter dificuldades de acesso a fundos bancários», o que adiou a conclusão dos trabalhos, mesmo depois de os SMAS terem avançado com dois milhões e 300 mil euros «para que a obra decorresse com normalidade».
À comitiva, o presidente do Conselho de Administração explicou ainda que aquela área, junto ao Sapal de Corroios, foi considerada uma «zona ambientalmente sensível», o que obriga a que a água que sai da ETAR «tem que cumprir um padrão mais exigente do ponto de vista da qualidade, razão pela qual estamos a aplicar ultravioletas, um novo sistema de tratamento final da água», que «antes de ser depositada sofre um tratamento de morte das bactérias que não são visíveis a olho nu».
Energia
Por seu lado, a engenheira Alexandra referiu que a «requalificação de uma série de equipamentos que já tinham mais de 20 anos de serviço» possibilitará que «as lamas sejam tratadas de um modo diferente». «Actualmente, o que fazíamos era remover a água das lamas produzidas. Agora, vamos poder digerir as lamas, num processo biológico que dá lugar à produção, de forma natural, de biogás», que «será aproveitado para produzir energia térmica, calor, e electricidade», valorizou.
Nesta área, José Gonçalves acrescentou que as ETAR que servem o concelho de Almada – Mutela, Portinho da Costa, Quinta da Bomba e Valdeão – produzem já «40 por cento da energia que consomem» e têm «autonomia de uso de água tratada».
Sobre aquela ETAR, Joaquim Judas considerou-a um equipamento «inteligente» e muito «moderno» do «ponto de vista ambiental». «Essa é uma preocupação que os SMAS têm corporizado ao longo dos seus 65 anos», afirmou, destacando aquela «equipa de trabalho excepcional, reconhecida pelos seus pares».
Por último, o presidente dos SMAS sublinhou que o serviço público «não só faz tão bem» como «faz melhor do que qualquer outra resposta de gestão». «Não temos dúvidas de que deve ser pública a gestão da água e do saneamento», acrescentou, dando como exemplo o concelho de Almada, que tem 100 por cento do ciclo urbano de água e de capacidade de tratamento e águas residuais. «É isto que nos dá força na nossa luta mais geral em defesa da água pública», terminou.
Projecto
Dali, Jerónimo de Sousa foi conhecer a passagem superior pedonal e clicável sobre o IC20, um investimento que ascendeu os 765 mil euros. Desde o dia 2 de Abril, peões e ciclistas já podem circular, em segurança, entre o Parque da Paz, um pulmão verde da cidade de Almada, e o Parque Urbano do Pragal, ainda em fase de construção.
No final da visita, também com a presença de José Manuel Maia, presidente da Assembleia Municipal de Almada, o Secretário-geral do PCP valorizou aquela que é a política da CDU, «de aproximação às pessoas, de obra feita, de compromisso assumido». «A CDU tem grandes potencialidades, pelo seu projecto, pela forma de gestão, pela forma como responde às populações» e «uma grande actualidade e validade», destacou.