Como sempre acon­tece, e à se­me­lhança do que no­ti­ciámos a se­mana pas­sada, o ani­ver­sário do Par­tido está a ser co­me­mo­rado de di­versas formas, com des­taque para as ini­ci­a­tivas que reúnem mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes e que, em si mesmas, re­pre­sentam um es­tí­mulo para a or­ga­ni­zação e para a mi­li­tância. Em Lisboa, na fre­guesia de Al­cân­tara, uma cen­tena de pes­soas as­si­nalou o ani­ver­sário com um al­moço que en­cheu por com­pleto o salão do Centro de Tra­balho do Par­tido e que contou com a in­ter­venção do de­pu­tado Mi­guel Tiago. Em Mér­tola, mais de 70 mi­li­tantes e amigos do Par­tido par­ti­ci­param num al­moço co­me­mo­ra­tivo. A in­ter­venção po­lí­tica ficou a cargo de Ma­nuel Ro­dri­gues, di­rector do Avante! e membro da Co­missão Po­lí­tica.

De Mon­forte e Por­ta­legre chegou igual­mente ao Avante! a in­for­mação acerca da re­a­li­zação de ini­ci­a­tivas co­me­mo­ra­tivas do ani­ver­sário do PCP, tendo a pri­meira con­tado com a pre­sença de João Dias Co­elho, da Co­missão Po­lí­tica. Na ci­dade da Horta, re­a­lizou-se um jantar pro­mo­vido pela Co­missão da Ilha do Faial do PCP, que contou com as in­ter­ven­ções de João Decq Mota, do Co­mité Cen­tral, e Va­len­tina Matos, da Co­missão de Ilha.

As co­me­mo­ra­ções ti­veram ex­pressão na Suíça, onde se re­a­li­zaram quatro ini­ci­a­tivas – em Neu­chatel, Thun, Va­lais /Mar­tigny e Zu­rique –, pro­mo­vidas pelo Or­ga­nismo de Di­recção Na­ci­onal do PCP na­quele país eu­ropeu. Ao todo, es­ti­veram en­vol­vidos nestas ac­ções largas de­zenas de mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes do Par­tido.

Para além destas ini­ci­a­tivas de con­vívio e mo­bi­li­zação, houve ou­tras que pelo seu im­pacto vi­sual afir­maram o 95.º ani­ver­sário junto de largos mi­lhares de pes­soas: é isso que está a acon­tecer na Pe­nín­sula de Se­túbal, onde foram co­lo­cadas nas prin­ci­pais ar­té­rias e praças das ci­dades e vilas da re­gião 95 ban­deiras do Par­tido. No Mon­tijo, foi também pin­tado um mural evo­ca­tivo.

Terra de luta

O ani­ver­sário do PCP foi também re­fe­rido no jantar-con­vívio re­a­li­zado no dia 10, no Tor­to­sendo (con­celho da Co­vilhã), com a pre­sença de Je­ró­nimo de Sousa. Numa ini­ci­a­tiva mar­cada por uma grande e en­tu­siás­tica par­ti­ci­pação de muitos mi­li­tantes e amigos do Par­tido, o Se­cre­tário-geral lem­brou a im­por­tância e o papel do PCP na luta an­ti­fas­cista, na Re­vo­lução de Abril, no pro­cesso re­vo­lu­ci­o­nário e nas con­quistas então al­can­çadas e na re­sis­tência contra a po­lí­tica de di­reita.

Je­ró­nimo de Sousa va­lo­rizou ainda o con­tri­buto de­ter­mi­nante do PCP para a nova fase da vida po­lí­tica na­ci­onal e des­tacou a ne­ces­si­dade da luta dos tra­ba­lha­dores e do povo para a cons­trução de uma po­lí­tica ao seu ser­viço, e não dos grandes in­te­resses eco­nó­micos. «O papel do Par­tido e o seu re­forço são de­ter­mi­nantes», re­alçou.

Antes, Ca­si­miro Santos, da Co­missão de Fre­guesia, tinha já feito re­fe­rência a as­pectos da his­tória do PCP no Tor­to­sendo, par­ti­cu­lar­mente o seu papel nas lutas no sector dos la­ni­fí­cios, em 1946. A pre­pa­ração da 10.ª As­sem­bleia da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal e do XX Con­gresso, o re­forço do Par­tido e a con­clusão da cam­panha de fundos foram ta­refas re­al­çadas por aquele di­ri­gente.