comemorado em todo o País
Desfile de alegria
O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) promove um desfile, no sábado, em Lisboa, no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Mulher.
Exigência e luta pelos direitos das mulheres
A iniciativa – que promete ser uma grande manifestação de alegria, confiança, exigência e luta pelos direitos das mulheres – inicia-se, às 14.30 horas, no Cais do Sodré e seguirá, junto ao rio, até ao Jardim da Doca Seca, onde haverá música, poesia, pintura e intervenções políticas.
Entretanto, um pouco por todo o País, já se realizaram conferências, sessões, espectáculos, caminhadas e jantares comemorativos, promovidos pelo MDM ou em parceria com outras entidades. No distrito de Viseu, por exemplo, foram inauguradas as exposições «Olhar feminino sobre as mulheres do Sahara Ocidental», no átrio dos Paços do Concelho de Moimenta da Beira, e «Na Palestina – Rostos de mulheres que resistem e lutam», no Instituto Português do Desporto e Juventude de Viseu. Ambas as mostras estão patentes até ao dia 31 de Março.
Iniciativas semelhantes tiveram lugar em Leiria, Faro, Silves, Lagos, Marinha Grande, Seixal, Setúbal, Alcochete, Barreiro, Palmela, Moita, Montijo, Montemor-o-Novo, Porto, Braga, Aveiro, Évora, Santiago do Cacém, Grândola, Alhandra, Amadora e Funchal.
Simultaneamente, os núcleos locais e regionais do MDM distribuíram um documento onde se afirma a necessidade de «combater todas as formas de violência – física, psicológica e sexual – contra as mulheres e as crianças; a desvalorização do trabalho da mulher, o trabalho precário, as discriminações salariais e todas as penalizações relacionadas com a maternidade; a pobreza; as discriminações em razão da orientação sexual; o racismo e a xenofobia».
Construir a igualdade
Também a Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens da CGTP-IN, com o MDM, está a desenvolver acções junto dos trabalhadores e das populações, para «afirmar a igualdade» e «cumprir a Constituição». Entre muitas outras, tiveram lugar iniciativas nos distritos de Viana do Castelo, Bragança, Vila Real, Porto, Aveiro, Castelo Branco, Angra do Heroísmo, Viseu, Santarém, Leiria, Lisboa, Setúbal e Évora. Hoje, em Portalegre, às 17 horas, na Pastelaria Conforto, é apresentado o livro «CGTP-IN: 43 anos a construir a igualdade entre mulheres e homens», e no sábado, 12, em Braga, no Arco da Porta Nova, uma manifestação, às 15 horas.
Anteontem, o Sindicato dos Professores da Região Centro promoveu, na Oficina Municipal do Teatro, em Coimbra, o debate «O 25 de Abril. Os 40 anos da Constituição da República Portuguesa – O que conquistaram as mulheres».
Recuperação de direitos
Em todo o País estão também a ser apresentadas moções nos órgãos autárquicos. No dia 27, a Assembleia Municipal de Alcobaça aprovou, por unanimidade, um documento onde se afirma que o Dia Internacional da Mulher «está historicamente ligado à luta das mulheres trabalhadoras pela sua emancipação política, económica e social». «Em Portugal está a ser feito um caminho de recuperação de direitos de grande significado para as mulheres: o aumento do salário mínimo nacional, a reposição dos quatro feriados suspensos, o direito das mulheres à interrupção voluntária da gravidez sem pressões nem condicionamentos, a eliminação das penhoras e hipotecas da habitação em execuções fiscais», valoriza a moção, proposta pela CDU.
Em nota de imprensa, o Partido Ecologista «Os Verdes» salientou, por seu lado, que «esta data e o seu significado devem ser valorizados como forma de homenagem às mulheres que lutaram pelos seus direitos e como estímulo às gerações futuras, para que continuem este caminho rumo à igualdade».
Solidariedade internacional
Porque o 8 de Março é também um dia de solidariedade internacional com as mulheres do mundo inteiro que resistem e lutam pela liberdade e autodeterminação, pela igualdade e a paz, Suelma Saleh Beiruk, vice-presidente do Parlamento Pan-Africano e dirigente da União Nacional das Mulheres Saharauís, estará, amanhã, 11, às 9 horas, na Assembleia da República (AR), e, às 18 horas, na Sala dos Leões, em Évora, para participar no debate «Testemunhos de mulheres em territórios de guerra – a questão das refugiadas». A iniciativa, moderada por Regina Marques, da direcção nacional do MDM, conta ainda com as intervenções de Maria Teresa Tito de Morais, presidente da direcção do Conselho Português para os Refugiados (CPR), e de Joana Villaverde, artista plástica com residências artísticas na Palestina.
No dia 12, Suelma Saleh Beiruk vai participar no desfile de Lisboa e, às 22 horas, numa sessão de «Solidariedade com o povo saharaui e a causa das mulheres refugiadas», na Sala Pablo Neruda, no Fórum Municipal Romeu Correia, em Almada.