Pobreza infantil nos Açores
Aníbal Pires, deputado do PCP na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, acusou PS, PSD e CDS de imporem a desregulação das relações laborais e a flexibilidade laboral, que continuadamente favorecem o trabalho precário e os regimes parciais.
Para a mudança de políticas contam com o PCP
No dia 18, durante a discussão de um relatório sobre protecção das crianças nos Açores, o eleito comunista teceu fortes críticas a PS, PSD e CDS, partidos que agora se dizem preocupados com a pobreza infantil, mas que foram os apóstolos da moderação salarial, da degradação das remunerações dos trabalhadores e dos seus direitos, e que recusam aliviar os sacrifícios das famílias.
Nos últimos anos, estes partidos (PS, PSD e CDS) aplicaram ainda cortes profundos nos apoios sociais, impuseram regras para excluir portugueses pobres do acesso ao subsídio de desemprego e ao rendimento social de inserção.
Para o PCP, a opção política de aumentar a intensidade dos ritmos de trabalho, permitir horários laborais desregulados, inconstantes, quando não imprevisíveis, com turnos e ritmos que não acompanham os do restante agregado familiar, são factores que contribuem decisivamente para desproteger as crianças, tornando-as mais vulneráveis aos perigos e susceptíveis a comportamentos negativos. O mesmo acontece com a precariedade laboral, bem como os novos regimes laborais sem direitos, sem licenças de maternidade ou paternidade, sem direito a faltas para assistência à família.
«Ou estamos a falar das soluções para minorar os problemas reais das nossas crianças, da necessária mudança de políticas, valorizando os trabalhadores, garantindo e ampliando os seus direitos, minorando as dificuldades das famílias, ou então estamos apenas a dar continuidade às políticas que as empobrecem e que as põem em risco. Para a mudança de políticas contam com o PCP. Para a continuidade não», concluiu Aníbal Pires.