Lucros da Galp

«São os trabalhadores quem produz a riqueza e devem ser compensados por isso», exigiu a Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal, reagindo à divulgação dos resultados «fabulosos» do Grupo Galp Energia. A 26 de Outubro, a Galp comunicou que as contas dos primeiros nove meses de 2015 apresentam um lucro (resultado líquido) de 490 milhões de euros, mais do dobro dos 236 milhões registados em igual período de 2014.

Em vez da valorização dos trabalhadores, a CCT observou o «esquecimento» por parte da administração, que «não é novidade», pois «as condições de trabalho degradam-se aceleradamente, congela-se os salários, empurra-se centenas de trabalhadores para situações de pré-reforma reduzindo-lhes objectivamente os seus rendimentos, procura-se a troco de meia dúzia de patacos que os trabalhadores abdiquem dos seus direitos, continua-se a substituir trabalhadores efectivos pelo recurso a prestadores de serviços onde reinam a precariedade e os baixos salários». Para a CCT, «é absolutamente incompreensível e inaceitável que se continue a colocar como objectivo central a redução de custos, subjugando tudo e todos a essa férrea lei que vai esmagando os direitos dos trabalhadores, com o aumento escandaloso da sua exploração».

«Na perspectiva da concretização da necessidade imperativa de mudança de Governo, por outro que satisfaça as legítimas aspirações dos trabalhadores de melhores condições de vida e de reforço da soberania nacional», a CCT da Petrogal aponta como «principais preocupações» a «fuga de capitais para o estrangeiro, sob a forma de dividendos, como acontece na Galp», e «a necessidade absoluta de que este grupo retorne ao sector empresarial do Estado».

 



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