O tempo não explica tudo

O Governo Regional dos Açores tem que assumir a responsabilidade pela reparação dos prejuízos ocorridos recentemente em diversas embarcações de pesca no porto de Rabo de Peixe: esta é a posição da Comissão Concelhia de Ribeira Grande do PCP, expressa numa nota emitida no dia 30, que garante que os estragos não resultaram das condições meteorológicas adversas mas da «incapacidade do Governo Regional em escutar a opinião dos pescadores e dos utilizadores do porto e da sua vontade de tornar a obra o mais barata possível, mesmo a custo da segurança dos pescadores e das suas embarcações».

Segundo o Partido, para quem os estragos ocorreram apenas porque os pescadores «confiaram na palavra do Governo em relação à segurança do porto», é inadmissível que uma obra concluída há menos de um ano e que custou 16 milhões de euros não «ofereça as condições mínimas de segurança exigíveis». Se os estragos serviram para alguma coisa foi precisamente para demonstrar as «graves insuficiências desta obra, nomeadamente em termos da sua segurança».

No comunicado, a Comissão Concelhia do PCP repudia ainda as declarações do Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, que considerou que as críticas dos pescadores à alegada falta de segurança da obra não passam de «disparates», o que revela uma «profunda falta de respeito pelos pescadores de Rabo de Peixe, em particular pelos que perderam ou viram as suas embarcações danificadas pelo temporal». Ao contrário do que afirma este responsável, sublinha o PCP, a alteração das regras de estacionamento das embarcações dentro do porto, por si só, «não basta para resolver os problemas de segurança». Há que avaliar tecnicamente as condições do porto e proceder às obras que se entendam necessárias, conclui.

 



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