Privatizações criminosas contestadas

Em dez anos, o Estado vai entregar ao Grupo Avanza mais de mil milhões de euros, voltaram a denunciar representantes dos trabalhadores e reformados do Metropolitano de Lisboa e da Carris, no dia 23, quarta-feira. A contestar a assinatura do contrato de subconcessão, desfilaram em cordão humano desde o elevador de Santa Justa até à Praça Luís de Camões, para entregarem um lápis no Ministério da Economia, prometendo para depois a entrega de uma borracha, para «apagar o contrato de privatização». Bruno Dias, deputado do PCP, expressou solidariedade e reafirmou que o Partido se baterá pela anulação desta PPP (parceria público-privada) logo que os deputados a eleger dia 4 tomem posse (ver nesta edição).

No dia 22, no largo junto à estação da Trindade, a privatização da STCP e da Metro do Porto (após um concurso abortado e uma nova decisão tomada por ajuste directo) e a destruição do serviço público foram contestadas numa tribuna pública, na qual participaram dirigentes da Fectrans e dos seus sindicatos STRUN e SNTSF, membros das comissões de trabalhadores, representantes de movimentos de utentes, Jorge Machado (deputado do PCP e primeiro candidato da CDU no Porto) e Arménio Carlos.
O Secretário-geral da CGTP-IN confirmou que a central irá requerer que o Ministério Público investigue este processo, vai concretizar uma acção popular, em tribunal, para além de retomar o apelo à fiscalização pelo Tribunal de Contas, para averiguar os prejuízos que decorrem deste negócio para o Estado, as empresas, os trabalhadores e os utentes. Logo após as eleições legislativas, a Intersindical vai solicitar a intervenção dos partidos políticos para travar estes processos, revelou o dirigente.

 



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