Encontro da CIL apela ao voto

No dia 4 de Outubro «os trabalhadores não podem ficar em casa», devem «ir votar com memória», tanto dos PEC e do memorando da troika, como «de quem os assinou e de quem os aplicou», mas igualmente com «memória do muito que o povo pode, quando percebe a força que tem e usa essa força»; «é preciso ir votar e dar força a quem dá força à nossa luta».

Este apelo foi feito pelos participantes no encontro de comissões de trabalhadores de empresas estratégicas, que a CIL (coordenadora das CT da região de Lisboa) levou a cabo no dia 18, sexta-feira, durante a tarde, na Casa do Alentejo. Numa resolução ali aprovada, afirma-se que «Portugal não resolverá os seus problemas se não inverter as políticas que têm sido seguidas ao longo dos anos por sucessivos governos».

Dos deputados que vão ser eleitos e do futuro Governo, as CT e sub-CT exigem «uma política que tenha como estratégia o crescimento económico e o emprego, assente no desenvolvimento da produção nacional, na propriedade pública dos sectores estratégicos da economia, numa política agrícola, florestal e de pescas que desenvolva as potencialidades do País, e a defesa das funções sociais do Estado».

Reclamam ainda «o respeito pelo trabalho com direitos», «uma fiscalidade justa e progressiva», o crescimento dos salários como «factor de dinamização económica» e «o equilíbrio entre o trabalho e o capital, através do aprofundamento do controlo da gestão e da participação dos trabalhadores», «recusando alimentar o parasitismo das PPP, das subconcessões e das privatizações».

No documento defende-se «uma ruptura que recupere os valores de Abril que, ontem como hoje, são a alternativa ao capitalismo monopolista e selvagem que oprime o nosso povo e esmaga o seu futuro».

Estiveram presentes várias dezenas de representantes de 14 CT e sub-CT de empresas com alguns milhares de trabalhadores: Caixa Geral de Depósitos, TAP, EDP Distribuição, EPAL, Carris, Metropolitano de Lisboa, CP, EMEF, Refer, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Petrogal (Galp Energia), CTT, Portugal Telecom, Exide (Tudor).

 



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