Fenprof espera alteração profunda
Das eleições legislativas, a Federação Nacional dos Professores espera «que resultem condições para uma alteração profunda nas políticas para a Educação e o País». Em conferência de imprensa, no Porto, no dia 21, segunda-feira, primeiro dia de aulas (que coincidiu com o início formal da campanha eleitoral), a Fenprof salientou que nunca neste século o ano lectivo tinha começado tão tarde, acusando o Ministério da Educação e Ciência de ter decidido aproximar o mais possível esta abertura da data das eleições, para encurtar a possibilidade de os problemas tomarem grande visibilidade.
Nas escolas, destacou a federação, o problema mais grave tem a ver com crescentes dificuldades de resposta na Educação Especial e no apoio a alunos com necessidades educativas especiais. Mas referiu igualmente, com diversos exemplos por todo o País, a falta de assistentes operacionais, o atraso na colocação de professores e o desemprego docente, o aumento dos horários-zero, as especiais dificuldades no 1.º Ciclo do Ensino Básico, a municipalização e a privatização, o risco de asfixia financeira do ensino artístico.
Exigindo resposta urgente e eficaz à grave situação criada ao ensino artístico especializado, centenas de pessoas concentraram-se dia 18, sexta-feira, frente ao MEC, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa (foto), onde compareceu também Rita Rato, deputada do PCP. Breves discursos, muitos cartazes, música, dança e um coro com «Acordai» foram algumas das formas de protesto de alunos, pais, técnicos, docentes, dirigentes sindicais e responsáveis de conservatórios, escolas e academias.