Horários
Provas da existência de horários ilegais no Centro Hospitalar Gaia-Espinho foram mostradas no dia 7, sexta-feira, numa conferência de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, que exibiu planeamentos de auxiliares para jornadas laborais de 12 horas no corrente mês. O Ministério da Saúde respondeu ao grupo parlamentar do PCP que «não existem situações de horários ilegais», mas o sindicato da CGTP-IN provou que há profissionais a trabalhar 12 horas seguidas, sem folgas, e há quem trabalhe 17 dias seguidos. Álvaro Agostinho, dirigente do sindicato, denunciou ainda a existência de um «banco» de horas no CH Gaia-Espinho, onde apenas alguns funcionários recebem horas extraordinárias. Nas urgências, por exemplo, cerca de 60 trabalhadores têm 4700 horas por receber desde 2013. Estas situações devem ser combatidas com a contratação de mais pessoal, defende o sindicato.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses revelou, numa nota de 28 de Julho, que tem recebido queixas relacionadas com os horários de trabalho praticados nos hospitais do Grande Porto, como os centros hospitalares de São João, Gaia-Espinho e Porto. Não são cumpridos os períodos obrigatórios de descanso diário e semanal e, «de forma reiterada», é recusado o direito a horários flexíveis para acompanhamento de filhos menores e o direito a horários para amamentação e aleitação.