Urge proteger a floresta

A Confederação Nacional de Agricultura (CNA) alerta que, até dia 1, «tinha ardido três vezes mais área de floresta e matos (cerca de 18 mil hectares) que em igual período do ano passado». Para além de atacada por doenças e pragas várias e sem controlo eficaz, «a floresta nacional continua desprotegida e desordenada, pronta para arder», afirma a CNA numa nota de imprensa.

De todas as doenças que atacam a floresta, a mais devastadora e «crónica» é provocada pela falta de prevenção efectiva de incêndios e pela ausência de um correcto ordenamento por parte de sucessivos governos, que a CNA acusa de levarem a cabo «políticas agro-florestais verdadeiramente “incendiárias”». Como exemplo, refere-se a falhas nalguns dos principais meios aéreos no combate aos incêndios, à falta de apoios às equipas de sapadores florestais, bem como ao facto de o Programa de Desenvolvimento Regional (Proder), entre 2007 e 2013, ter registado a mais baixa taxa de execução na floresta – a meio do programa, o Governo cortou, inclusive, 150 milhões euros que lhe estavam destinados, informa a CNA.

Por outro lado, a confederação considera demagógica, perigosa e punitiva a «mobilização» de 2200 desempregados e beneficiários do Rendimento Social de Inserção para acções de limpeza das florestas e vigilância contra incêndios. Para a CNA, este combate exige gente preparada profissionalmente e não pessoas desempregadas, que, punidas pelo desemprego, ainda o são pela obrigatoriedade de andarem pela floresta e pela exposição ao risco de eventuais incêndios.

 



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