O aeroporto «internacional» de Ciudad Real, em Castela-Mancha, foi vendido em leilão, dia 17, pelo montante irrisório de 10 mil euros.

Inaugurada em 2008, a infra-estrutura representou um investimento de 450 milhões de euros, mas está fechada há três anos, depois de ter aberto processo de falência em 2010.

Primeiro aeroporto privado construído em Espanha, é também considerado um símbolo da bolha imobiliária na primeira década do século. O seu fracasso económico obrigou o Estado a salvar a Caja Castilla-La Mancha, que investiu 300 milhões de euros no projecto faraónico, tornando-se no primeiro banco a ser resgatado no país.

Até 2012, último ano em que esteve operacional, o aeroporto serviu cerca de cem mil passageiros, uma pequeníssima fracção da capacidade estimada em cinco milhões de passageiros por ano.

Os novos donos chineses, representados pela firma Tzaneen International, puderam assim comprar por uma bagatela a pista de aterragem, os hangares, a torre de controlo e uma parte dos terrenos adjacentes.

Em comunicado anunciaram a intenção de adquirir proximamente o terminal e as restantes parcelas, para reabrir o aeroporto e transformá-lo na «porta de entrada na Europa» para o transporte de mercadorias provenientes da Ásia.

Este «negócio da China» será selado até 15 de Setembro, se até lá não aparecerem interessados dispostos a oferecer pelo menos 28 milhões de euros, ou seja 70 por cento do valor estimado das infra-estruturas leiloadas.